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Presidente da Colômbia ganha Nobel da Paz por acordo com as Farc

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, vencedor dp Prêmio Nobel da Paz 2016. Keystone

O Prêmio Nobel da Paz 2016 foi atribuído ao presidente colombiano Juan Manuel Santos. A recompensa é pelo esforço para firmar um acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 26 de setembro, depois de 52 anos de conflito armado. Um dos originais do acordo está depositado em Berna.

“Trata-se de um reconhecimento importante pelos esforços feitos em favor da paz na Colômbia” afirma o Ministério suíços das Relações Exteriores através de um comunicado.

“É muito merecido porque Santos se envolveu no processo desde o início de seu mandato, contra outras expectativas”, afirmou por sua vez Enzo Nussio, pesquisador do Centro de Estudos para a Segurança, em Zurique, especialista em temas de pós conflito.

“O Nobel da Paz atribuído ao presidente colombiano retribui os “esforços tenazes para pôr fim a uma guerra civil de mais de 50 anos”, argumentou a presidente do Comitê Nobel na Noruega, Kaci Kullmann Five.

Texto na Suíça

Um dos originais do acordo de paz está depositado em Berna, nos arquivos federais, conforme a vontade do governo colombiano e das Farc. O documento foi entregue pela ministra colombiana das Relações Exteriores, Maria Angela Holguin ao secretário de Estado para as relações exteriores, Yves Rossier, presente na cerimônia de assinatura do acordo.

O fato de ter aceito o pedido de ambas as partes para que o acordo fosse depositado em Berna, não implica responsabilidade da Suíça na aplicação do acordo, precisa o Ministério das Relações Exteriores a agência suíça de notícias ATS.

A Suíça participou em várias fases na promoção da paz na Colômbia, lembra a diplomacia suíça, particularmente colocando à disposição especialistas nas negociações entre as autoridades colombianas e as FARC.

Mesmo se a Colômbia vive atualmente o que o presidente Santos definiu como “zona cinzenta”, depois que o povo colombiano votou contra o acordo de paz no plebiscito de 2 de outubro, o acordo continua em vigor. Aliás, ele foi elaborado com ajuda internacional, inclusive da Suíça, terminando com uma guerra que causou mis de 8 milhões de vítimas.

“O fato de que a maioria dos votos rejeitou o acordo de paz, não significa necessariamente que o processo de paz esteja morto”, sublinhou Kullmann Five.

Advertiu, no entanto, que “existe um perigo real que o processo de paz se interrompa”.


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