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Dois turistas suíços são libertados no Iêmen

Em certas regiões do Iêmen, o seqüestro de turistas é usado como reinvindição às autoridades do país. Keystone Archive

Raptados segunda-feira (21/11) por um membro de uma tribo local, um casal de turistas suíços foi libertado terça-feira. A notícia foi confirmada pelo governo suíço e pelos seqüestradores.

Ambos foram bem tratados e gozam de boa saúde, precia o Ministério suíço das Relações Exteriores.

O Ministério suíço das Relações Exteriores (DFAE) confimou terça-feira a libertação do casal de turistas suíços seqüestrados na véspera no Iêmen (sudoeste da Ásia). A libertação havia sido anunciada um pouco antes por fontes oficiais iemenitas e pelo chefe dos seqüestradores, um grupo tribal.

A libertação ocorreu na manhã de terça-feira (22/11), precisou o DFAE através de um comunicado. “Nossos dois conterrâneos estão sãos e salvos, como disseram por telefone ao embaixador suíço em Riyad, Dominik Alder”, acrescenta o comunicado.

Os dois citadãos suíços “não foram maltratados e se recuperam agora de suas emoções”, afirma o DFAE. “A Suíça agradece as autoridades da República do Iêmen pela colaboração, que facilitou essa solução feliz”, acrescenta o documento.

O chefe tribal iemenita Hassan Mohammed, que havia seqüestrado os dois turistas, confirmou a libertação, terça-feira. Ele explicou ter liberado o casal de suíços depois de obter das autoridades iemenitas a promessa de examinarem o caso de seu irmão, detido por suposto roubo de um carro.

“O problema foi resolvido graças à mediação do xeique Maarib. Eu entreguei os turistas aos mediadores há uma hora e estes os levarão até o governador de Maarib”, afirmou o chefe tribal a swissinfo, às 9hs45, terça-feira. A libertação também foi confirmada pelas autoridades iemenitas.

Bem tratados

O casal de suíços viajava na província de Maarib, em viagem organizada, quando foram raptados juntamente com o guia e tradutor iemenita que os acompanhava.

Contatados pela redação árabe de swissinfo, os dois suíços disseram que foram bem tratados. O guia chegou a qualificar os seqüestradores de “bons et … acolhedores”.

Também contatado por swissinfo, o seqüestrador havia garantido, por telefone, que “nada aconteceria aos reféns”, se a polícia iemenita não tentasse resgatá-los.”

Uma região perigosa

Para os dois turistas suíços, portanto, o seqüestro terminou bem e rapidamente. Cabe lembrar, no entanto, que o Iêmen é uma região de riscos porque existem muitas tensões entre as tribos.

Turistas são freqüentemente seqüestrados (mais de 200 entre 1991 e 2001) por grupos armados e a situação é delicada porque o governo central não controla várias regiões do país.

No entanto, geralmente os turistas são libertados ao final de negocições.

swissinfo com agências

– A agência suíça de viagens Holiday Maker, onde o casal comprou o pacote, envia de 30 a 50 clientes por ano ao Iêmen.

– O Ministério das Relações Exteriores recomenda evitar viajar para o Iêmen.

– Turistas são seqüestrados com certa regularidade para obter fiança ou fazer reinvindicações junto a autoridades locais ou nacionais.

– Na grande maioria dos casos, os turistas são libertados sãos e salvos, depois das negociações.

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