Quinta-feira passada, a exposição Grand Basel abriu suas portas ao público pela primeira vez. Para os aficionados, um luxo: de Alfa Romeo a Zagato - carros clássicos, bólidos e supercarros do passado e do presente.
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Thomas Kern nasceu na Suíça em 1965. Após se formar como fotógrafo em Zurique, começou a trabalhar como fotojornalista em 1989. Fundou a agência Lookat Photos em 1990. Kern ganhou duas vezes o prêmio World Press Award e recebeu várias bolsas de pesquisa na Suíça. Seu trabalho é tema de exposições e suas imagens encontram-se em várias coleções.
Os organizadores contavam com um público de 12.000 visitantes, e as expectativas se confirmaram – e as chamadas não eram nada discretas: “obras-primas”, “carros enquanto arte”, “carros cheios de significado”, e assim por diante.
Colecionadores e VIPs já haviam apreciado a mostra com mais calma nos dias anteriores, fechados para o público. Após a abertura, o salão número 1 foi se enchendo aos poucos, os visitantes empunhando câmeras e smartphones. Havia apenas algumas mulheres, a maioria acompanhada e raramente sozinha. Face a tamanho esplendor e beleza, sente-se como se num templo.
Na parte inferior da grandiosa exposição, encontra-se o professor Paolo Tumminelli ao centro de um grupo de visitantes especialistas em design, com uma concentração surpreendentemente alta de mulheres. Discute-se formas quadradas e redondas.
Como concessão conceitual, a presença de um Fiat Panda enferrujado com estofamento gasto em um tapete de jardim artificial provoca reações irritadas da plateia. Mas a graça faz todo sentido, afinal a Fiat também é um ícone do design automobilístico. Um cartaz ao lado com os dizeres “Salve o Panda” [da extinção] coloca em questão o conceito de graça ou bom gosto.
A exposição Grand Basel é uma invenção do Grupo MCH, também responsável pela feira de arte Art Basel, e pela feira de relojoaria Baselword, que recentemente entrou em dificuldades financeiras após a saída do Grupo Swatch. Os organizadores têm como alvo, além dos fãs normais de carros vintage, para quem as peças expostas são um sonho inatingível, revendedores e colecionadores de todo o mundo.
A exposição não é uma simples apresentação de carros bonitos, mas é resultado de um delicado trabalho de curadoria feito por um painel de especialistas. Cerca de 100 veículos de alto valor cultural, significado histórico e design excepcional foram selecionados. As vitrines também foram cuidadosamente desenhadas de acordo com as qualidades estéticas de cada automóvel, seguindo um conceito de exposição modular especialmente desenvolvido para a Grand Basel. O valor de seguro dos carros expostos chega a 300 milhões de francos. A maioria dos expositores vem da Suíça. O catálogo da exposição lembra mais uma vez que os carros expostos são obras de arte. Cerca de um quarto dos carros estão à venda.
Depois de Basileia, o show entra em turnê: Miami em fevereiro, e depois Hong Kong.
swissinfo.ch/ets
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A ênfase nos chamados "SUVs" (os veículos todo-o-terreno), carros esportivos e novas tecnologias refletem a estratégia dos fabricantes de aumentar as vendas na Europa e outras regiões fora da América do Norte, onde a gasolina barata contribuiu para números recordes de venda no ano passado.
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(Editor de imagens: Christoph Balsiger, swissinfo.ch, Texto: John Heilprin, swissinfo.ch)
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