Última chance de ver as obsessões de Harald Szeemann
Harald Szeemann (1933-2005) foi ‘chutado’ de Berna por causa das reações escandalizadas à sua última exposição no comando da Kunsthalle da cidade, “Quando as atitudes tornam-se forma” (1969). Foi sem dúvida uma grande perda para a cidade: Berna nunca mais conseguiria atrair a vanguarda artística européia e internacional que invadiu a cidade durante o tempo de Szeemann na Kunsthalle, entre 1961 e 1969.
Para o curador, porém, sua saída marcou apenas o início de uma prolífica carreira internacional, tornando-se praticamente “sinônimo do advento do globalismo na arte contemporânea”, segundo o folheto que acompanha a exposição “Harald Szeemann: Museu das Obsessões”, atualmente em cartaz no “laboratório” original de Szeemann, a própria Kunsthalle de Berna.
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Szeemann
Depois de Berna, Szeemann iria agitar acontecimentos artísiticos (mais que eventos) em diversas cidades, tomando as rédeas inclusive de algumas das mais importantes mostras internacionais de arte, como a documenta em Kassel e a Bienal de Veneza.
Seu legado é superlativo mesmo: um dos mais destacados promotores da arte conceitual, pós-minimalismo e outras vanguardas pós-1960, Szeemann implodiu os rígidos padrões eurocêntricos que costumavam guiar (e ainda guiam, em muitos casos) os programas de espaços e museus de arte.
O arquivo de Szeemann, que ele chamava de “Museu das Obsessões” e compreende cada peça de suas mais de 150 exposições, acabou sendo comprado pela Fundação Getty – e agora volta para Berna. Mas corra! A exposição termina no dia 2 de setembro.
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Harald Szeemann: O avô, um pioneiro como nós
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