Pesquisadores suíços acabam de identificar uma proteína que permite a transmissão da malária. Assim dão mais um passo para eliminar a doença que atinge milhões de pessoas nos países em desenvolvimento.
Este conteúdo foi publicado em
2 minutos
swissinfo.ch e agências
Nos laboratórios do Instituto de Saúde PúblicaLink externo (TPH, na sigla em alemão) na Basileia mais de 200 cientistas e doutorandos pesquisam formas de combater a malária. Agora eles deram mais um passo para compreender como atuam os causadores da doença: protozoários parasitários do gênero Plasmodium que são transmitidos através da picada de mosquitos.
Segundo o comunicado enviado à imprensaLink externo, os pesquisadores suíços identificaram a proteína “GDV1”. Ela é crucial na ativação do “interruptor” que transforma os parasitas encontrados no corpo dos mosquitos Anopheles em gametócitos (ver box).
Esperança para milhões de doentes
Apenas uma pequena parte dos parasitas da malária desenvolvem-se em gametócitos contagiosos, responsáveis pela transmissão da doença. “Se conseguirmos bloquear esse mecanismo ou até eliminar completamente os gametócito, nós estaríamos a um passo do objetivo de interromper a transmissão da malária”, afirma Till Voss, parasitólogo e professor do TPH.
A malária é uma doença endêmica nos países tropicais e subtropicais. Em 2016, 210 milhões de pessoas em todo o mundo contraíam a malária e 440.000 morreram dela.
O que são os gametócitos?
A doença é transmitida pela picada do mosquito Anopheles, o qual inocula no vaso sanguíneo do homem uma grande quantidade de esporozoítos que estão localizados nas glândulas salivares das fêmeas do mosquito. Em poucos minutos, os esporozoítos penetram no tecido hepático, ocorrendo a divisão nuclear destas estruturas formando uma célula multinucleada denominada de esquizonte. Este processo dura entre 1 e 2 semanas e é denominado de esquizogonia hepática, quando ocorre a ruptura desta célula liberando milhares de merozoítos na corrente sanguínea. Estas células invadem as hemácias e formam outra estrutura que promove a divisão do parasita (esquizonte), podendo também, em algumas hemácias, formar estruturas sexuadas que são importantes para a manutenção do ciclo da doença, os gametócitos. (fonte: MedicinanetLink externo)
Adaptação: Alexander Thoele
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
Consulte Mais informação
Mostrar mais
Morre o primeiro turista suíço por febre amarela
Este conteúdo foi publicado em
A febre amarela não é incomum no Brasil, especialmente em áreas rurais. Porém o BAG publica em seu siteLink externo que os números mais recentes tiveram um forte aumento. Entre julho de 2017 e o final de fevereiro 2018 foram notificados 723 casos confirmados de febre amarela em seres humanos, dos quais 237 foram fatais.…
Febre amarela precisa ser levada em conta por quem visita o Brasil
Este conteúdo foi publicado em
Os assustadores números de vítimas feitos pela febre amarela nos últimos meses no Brasil têm efeito nulo sobre a Suíça. Como a doença não passa de um indivíduo para o outro, como a gripe, e as condições climáticas não são as melhores para a proliferação da doença, o assunto passa discretamente entre os órgãos oficiais.…
Este conteúdo foi publicado em
Você provavelmente já ouviu falar sobre o vírus da Zika e de como ele é associado a defeitos fetais – notadamente, microcefalia ou uma cabeça anormalmente pequena – quando mulheres grávidas são afetadas. Por ser uma doença transmitida pelo mosquito, a Zika tem ganhado as manchetes principalmente por seu impacto em regiões tropicaisLink externo nativas…
“O vírus zika também pode ser encontrado no esperma”
Este conteúdo foi publicado em
Faltam poucos dias para o início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Quanto o vírus zika ocupa do seu tempo? Kerstin Warnke: Praticamente não podemos falar dessa maneira, mas graças ao vírus zika o Brasil precisou realmente fazer algo contra os mosquitos. Eles não apenas transmitem o vírus zika, também os da febre amarela,…
Farmacêuticas mudam o foco para doenças crônicas dos pobres
Este conteúdo foi publicado em
Duas décadas depois de terem sido impulsionadas a tomar medidas para combater a AIDS na África, as multinacionais farmacêuticas afirmaram na quarta-feira que irão investir 50 milhões de dólares nos próximos três anos para combater câncer e outras doenças não transmissíveis em países pobres. Vinte e duas companhias, dentre elas as suíças Novartis e Roche,…
Este conteúdo foi publicado em
O vírus zika não é um problema somente do Brasil ou América Latina. Ele é uma emergência sanitária em todo o planeta, declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que significa para a Suíça e quais são as medidas mais prementes? Perguntamos ao epidemiologista Marcel Tanner, ex-diretor da Instituto Tropical e de Saúde Pública,…
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.