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Presidente do Banco Central renuncia

Reuters

As operações de câmbio realizadas pela esposa de Philipp Hildebrand, em agosto e outubro, em um banco de Zurique, acabaram custando o cargo ao presidente do Banco Central Suíço (BNS).

Sob pressão há pouco mais de uma semana, ele anunciou sua renúncia na tarde de segunda-feira (09). Hildebrand presidia o Banco Central desde abril de 2009.

O vice-presidente do BNS, Thomas Jordan assume presidência interina até que o futuro presidente seja nomeado pelo governo federal.

Quinta-feira passada, Hildebrand reconhecera diante da imprensa que, com o recuo, “lamentava” o ocorrido, pois sua esposa tinha feito operações de compra e venda de dólares, em agosto e outubro úlitmo, sem seu conhecimento. As duas operações de 500 e 600 mil dólares deram um lucro de 61 mil dólares. A esposa de Philipp Hildebrand tem uma galeria de arte em Zurique.

O caso foi revelado depois que um informático do banco em que foram feitas as operações de câmbio roubou documentos da transação. Essas informações chegaram ao deputado federal Christoph  Blocher, líder do Partido do Povo Suíço (SVP), maior partido da Suíça, e daí à imprensa.

O informático do banco de Zurique que roubou os documentos foi demitido e está sendo processado por violação do sigilo bancário. De acordo com a imprensa suíça, ele tentou se suicidar e está internado em um hospital psiquiátrico.

Garantir a credibilidade

Em coletiva à imprensa em Berna, o agora ex-presidente do Banco Central, Philipp Hildebrand disse que “continuo a a dizer a verdade, mas não consigo provar com documentos que as operações foram feitas por minha esposa” depois de ter verificado detalhadamente as operações.

Hildebrand disse que deixava o cargo para garantir a credibilidade do Banco Central Suíço. Nessas circunstâncias “eu não poderia tomar decisões importantes e corajosas” que se impõem ao presidente do BNS.

Ele fez um balanço positivo de sua gestão à frente do Banco Central, que segundo ele, garantiu a estabilidade e o bem-estar da Suíça, quando a Europa é sacudida pela crise.  

A política monetária do BNS, com uma taxa mínima de câmbio de 1,20 francos por um euro não muda, afirma o diretório do Banco Central. Essa estratégia será mantida “com determinação”, afirma o comunicado.   

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