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Rios e lagos começam a baixar

O rio Emme destruiu quase toda a rua em Werthenstein, no cantão de Lucerna. Keystone

Nas áreas mais atingidas pelas inundações na Suíça, a situação começa a se estabilizar. Segundo os meteorologistas, o tempo deve melhorar nos próximos dias.

Porém na parte central da Suíça, nos cantões de Berna e dos Grisões a situação continua precária.

Quatro pessoas morreram e duas mulheres ainda estão desaparecidas depois que chuvas torrenciais se abateram sobre a Suíça no fim-de-semana. Centenas de pessoas estão desabrigadas e vêm sendo assistidas pelas autoridades locais.

O corpo da sétima vítima – um homem – foi encontrado no lago de Walen, no cantão de Glaris. As causas da morte ainda estão sendo investigadas pela polícia.

As estimações atuais dos prejuízos provocados pelas inundações e deslizamentos de terra já chegam a atingir a marca de um bilhão e meio de francos suíços.

Lagos transbordam

Apesar da chuva continuar a cair, a situação nas regiões atingidas está se estabilizando, tendo melhorado um pouco durante a noite. Algumas linhas de trem, como a do Lötschberg, foram até reabertas.

O nível de alguns lagos no cantão de Berna continua, porém, elevado. O lago de Brienz começou a baixar, ao contrário do lago de Thun. As águas do lago de Bienne também recuaram minimamente. Em Berna, a capital suíça, vários bairros continuam embaixo d’água e sem energia elétrica.

Na Suíça central, o nível dos lagos se estabilizou em marcas elevadas. A situação continua crítica. Em Obwald, mais pessoas estão sendo retiradas das suas residências. Muitos turistas estão bloqueados em Engelberg e em Melchtal.

Lucerna inundada

Na cidade de Lucerna, as águas do lago dos Quatro Cantões continuam a subir, mesmo sendo a elevação mais lenta do que nos dois últimos dias. O nível recorde de 1910 ainda não foi alcançado, porém grandes áreas da cidade estão completamente tomadas pela água.

No cantão, três quartos das mil pessoas evacuadas retornaram aos seus domicílios na tarde de terça-feira.

No cantão de Uri, é grande a amplitude dos estragos. A auto-estrada do Gotthard continua bloqueada. Em Schwyz, o cantão vizinho, a auto-estrada A4 também está interditada.

Na Argóvia, o nível de todos os rios – com exceção do Reuss – desceu abaixo dos níveis considerados emergenciais. Porém a ameaça continua grande devido às enormes massas de água que ainda estão nos lagos do cantão de Berna e da região central da Suíça.

Linhas de trem bloqueadas

Em Windisch, no cantão de Argóvia, equipes de bombeiros ainda lutam contra inundações nunca antes vividas na região. Na Suíça oriental e em Glaris, a situação melhora gradativamente, com exceção de Ennenda, povoado no cantão de Glaris, onde o rio Linth está ameaçando de transbordar.

Nos Grisões, leste da Suíça, caminhões já estão podendo circular pelo desfiladeiro do São Bernardo. A cidade de Davos já pode ser atingida através de caminhos alternativos.

Quanto ao tráfego rodoviário, a linha Zurique-Chur está parcialmente fora de serviço. Segundo a Companhia Federal de Trens da Suíça (CFF, na sigla em francês), na Suíça central e na região de montanhas do cantão de Berna, inúmeras linhas de trem estão fechadas, sem perspectiva de reabertura até o final da quarta-feira.

swissinfo com agências

As mais fortes precipitações pluviométricas e inundações desde 1999 causaram só na Suíça cinco mortos. Duas pessoas ainda estão desaparecidas.
Centenas de pessoas estão desabrigadas. Os prejuízos são calculados atualmente na ordem de dois bilhões de francos.
As chuvas diluvianas também se abateram sobre a Áustria, sul da Alemanha, República Tcheca, Slovênia, Bulgária e Romênia.

Vários organizações assistenciais suíças abriram contas para receber doações, dentre elas Caritas, Chaîne du Bonheur, Caritas e Cruz Vermelha da Suíça.

Somente a Cruz Vermelha e a Caritas já liberaram cem mil francos. O dinheiro e os recursos doados serão empregados na reconstrução de várias regiões atingidas e ajuda às vítimas.

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