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Seis marinheiros suíços na “Rota do café”

Stève Ravussin (direita) e seu irmão Yvan na travessia de 2003. Em 2005, tiveram de abanonar dois dias depois da largada. Keystone

Pela sétima vez em doze anos, o "Traslado Jacques Vabre" coloca velejadores em rota. Marinheiros suíços também participam do evento.

Também conhecida como a “Rota do Café”, essa competição marítima de duplas foi iniciada no porto francês do Havre e termina duas semanas depois Salvador da Bahia, no Brasil.

Os 19 barcos do tipo monocasco partiram no sábado às 15 horas. Eles se despediram do porto francês do Havre e partiram em direção ao oceano. Já os 16 barcos multicasco, que incluem catamarãs ou trimarãs, saíram no domingo na mesma hora.

A “Rota do Café” é uma competição marítima que foi realizada pela primeira vez em 1993. Na época os velejadores navegavam em solitário até Cartagena, na Colômbia. Desde 2001, o percurso foi estendido até o Brasil.

No programa os participantes atravessam o Atlântico Norte, o Equador e o Atlântico Sul. No total, 4.340 milhas náuticas serão percorridas numa média de duas semanas. Os recordistas já o conseguiram em pouco mais de onze dias.

Um pouco de história

Na atualidade diversas competições marítimas convidam os veleiros a reviver as grandes rotas comerciais oceânicas. Nesse ótica, o Traslado Jacques Vabre é uma volta às tradições históricas do café.

Da fato, o café produzido no Caribe e na América do Sul foi e continua a ser um dos principais produtos do comércio transatlântico.

Segundo a homepage da competição, 95% da produção do café continua a ser transportada em navio. E a cidade do Havre, o ponto de partida na Franca, é conhecida como um dos principais portos de entrada do chamado “ouro negro”.

Seis navegadores suíços

Como já ocorreu em outros anos, o Translado Jacques Vabre também conta com a participação de experientes navegadores suíços.

Os irmãos Stève e Yvan Ravussin formam uma dupla completamente helvética. Porém na segunda noite do campeonato seu catamarã virou depois do barco ser atingido por ventos de 75km/h e o mar bravio. Outras duas embarcações, uma delas pilotada pelo suíço Yvan Bourgnon também foram obrigadas a abandonar a prova devido ao mau tempo.

Já outros representantes do país dos Alpes como Dominique Wavre, que estava até ontem em terceiro lugar na sua categoria, Dany Monnier, em sétima posição, e Bernard Stamm, continuam pilotando seus barcos em parceria com outros navegadores europeus.

– Nos entendemos muito bem, sobretudo em questões de navegação. Essa não é a primeira vez que estamos fazendo a tentativa de travessia juntos – assegura Bernard Stamm dando sua opinião sobre o parceiro, o velejador francês Yann Eliès.

Do seu lado, e mesmo sem nunca ter navegado com seu parceiro, Dominique Wavre conta na sua homepage particular que a parceria com o inglês Mike Golding promete:

– O Mike é um grande navegador, uma pessoa com quem tenho um ótimo contato. Sinto que o vento estará soprando para o nosso lado nesse competição – afirma otimista.

Dany Monnier, um empresário de Zurique aposentado antecipadamente para viver mais próximo do seu hobby, participa da travessia dividindo o espaço no barco com um velejador francês.

swissinfo, Mathias Froidevaux

37 barcos (74 concorrentes, dos quais seis são suíços) participam do Traslado Jacques Vabre 2005.
Quatro categorias de barcos: 50 e 60 pés monocasco ou multicasco.
Os velejadores fazem uma travessia de 4.340 milhas náuticas entre o Atlântico Norte e Sul.
A velocidade média é de 17 nós para os barcos multicoques e 12 para os monocoques.
A duração da travessia é de duas semanas: o recorde foi de 11 dias, 23 horas e 41 segundos.

– Essa é a sétima edição da “Aventura do Café”, a competição que comemora seus doze anos de existência (1993, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003 e 2005).

– A competição leva os velejadores do porto do Havre, Franca, até Salvador da Bahia, Brasil.

– Seis velejadores suíços participam do evento: os irmãos Stève e Yvan Ravussin (juntos), Bernard Stamm (com o francês Yann Eliès), Dominique Wavre (com o inglês Mike Golding), Dany Monnier (com o francês Pierre Dupuy) e o franco-suíço Yvan Bourgnon (com o francês Charles Caudrelier).

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