Suíça busca saída para energia nuclear
Em momento em que a Europa tende a abandonar a energia nuclear, a Suíça debate projeto de lei que concilie claras divergências sobre o assunto no País.
Quando se discute o futuro que integre ou exclua a energia nuclear vários cenários são possíveis. Pelo que parece, as autoridades suíças procuram saída PARA o nuclear, não DO nuclear, energia que representa 40% do consumo.
Reduzir ou acabar com o nuclear
O projeto de lei governamental é considerado alternativa a duas iniciativas populares, lançadas pelos socialistas e os verdes.
Uma delas – “Moratória plus” – quer prolongar por mais dez anos, uma moratória já caduca, adotada em 1990, sobre interdição de construir novas centrais nucleares durante uma década.
A outra – “Sair do nuclear” – visa fechar progressivamente as 5 centrais nucleares do País. Visa igualmente proibir tratamento dos dejetos nucleares.
Controvérsia
O projeto de lei prevê construção de novas centrais. Mas é o povo que decidiria em referendo. Prevê também renovação das centrais existentes, além de retomar a idéia de proibir tratamento dos detritos.
Acontece que em dezembro, o Senado fez concessão ao lobby do setor da eletricidade. Em vez de proibir sugeriu moratória de dez anos sobre tratamento dos dejetos nucleares.
Essa questão vem desencadeando, porém, acalorados debates em toda a Europa, em particular na Alemanha. O transporte desse material perigoso tem sido cada vez mais denunciado pelos ecologistas. E praticamente não se realiza sem forte escolta policial.
Tendência antinuclear
Na Suíça o lobby nuclear não quer evidentemente ouvir falar de interdição. Mas na Europa ganha terreno a idéia de abandonar o nuclear. E se a Áustria, que não tem centrais, reclama de reatores próximos de suas fronteiras, Alemanha, Bélgica e Suécia já estudam cenários para um futuro sem esse tipo de energia.
A Finlândia que acaba de decidir pela construção de novo reator é exceção que confirma a regra.
swissinfo com agências
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