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Suíça oferece ajuda ao Haiti após terremoto

Uma vez mais, é o horror no Haiti Keystone

Um terremoto de magnitude 7,3 na escala de Richter ocorreu terça-feira (12/1) à tarde no Haiti. O epicentro do tremor foi localizado perto da capital Porto Príncipe.

Frente a essa catástrofe, especialistas suíços partirão para o Haiti nesta quarta-feira para, inicialmente, avaliar as necessidades de urgência.

A terra tremeu durante aproximadamente um minuto, às 17 h de terça-feira (12/1) no Haiti (23 h na Suíça).

As pessoas saíram rapidamente para as ruas da capital e havia uma nuvem de fumaça sobre Porto Príncipe. O sol estava se pondo e havia cenas de caos. Muitas pessoas utilizavam lanternas para tentar encontrar sobreviventes nos escombros dos prédios destruídos.

Ainda não há informações acerca do número de vítimas – mas elas são certamente numerosas – nem dos estragos porque as comunicações são difíceis. Falta eletricidade em partes de Porto Príncipe.

Uma pequena equipe de especialistas suíços partirá ainda nesta quarta-feira para o Haiti, para avaliar a situação e organizar uma ajuda de urgência.

A Cadeia da Bondade na Suíça, que financia vários projetos de ajuda no país centro-americano, já lançou uma campanha de doações para as vítimas no Haiti, através das emissoras de rádio.

Muitos imóveis foram destruídos na capital haitiana. A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o edifício que ocupava ruiu e que muitos funcionários estão desaparecidos.

O Brasil comanda cerca de 7 mil soldados da força de paz ONU no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1,3 mil homens na região.

Segundo um jornalista da televisão haitiana Haitipal, disponível na internet, foram seriamente danificados “a catedral, o Palácio Nacional, os edifícios dos ministérios das Finanças, dos Serviços Públicos, das Comunicações e da Cultura, o Palácio da Justiça, a Escola Normal Superior e vários hospitais”.

O Ministério suíço das Relações Exteriores (DFAE) ofereceu ajuda da Suíça, como também o fizeram outros países, como França e Estados Unidos. O porta-voz do DFAE, Lars Knuchel, disse que as autoridades suíças estão em contato com a embaixada suíça em Porto Príncipe.

Violência terrível

O epicentro do terremoto foi localizado no interior do país, a apenas 16 km da capital haitiana. Ele teria ocorrido a somente 10 km de profundidade, o que é muito pouco, segundo especialistas.

Um geofísico do Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), em Golden, no Colorado, disse que um terremoto dessa magnitude não foi registrado no Haiti em mais de 200 anos.

O terremoto foi tão forte que foi sentido até Guantânamo, indicou o porta-voz da prisão estadunidense do campo de detenção em Cuba, situado a aproximadamente 300 km de Porto Príncipe.

Duas fortes tremores menores ocorreram pouco depois. O primeiro foi de 5,9 na escala de Richter, e a segundo, sete minutos depois do terremoto principal, foi de 5,5, precisou o USGS.

O terremoto foi registrado também pelo Serviço Seismológico Suíço (SED, na sigla em alemão), que informou a Agência Suíça de Desenvolvimento e Cooperação (DDC).

“Assim podem ser iniciadas quaisquer ações de resgate. Trabalhamos com modelos e podemos calcular aproximadamente a dimensão dos estragos”, disse Stefan Wiemer, do SED, ao portal Tagesanzeiger.ch.

Ele acrescentou que ainda é cedo para falar em números. “Ainda estamos avaliando os dados”, acrescentou.

O Haiti – um dos países mais pobres do mundo – já foi atingido por inúmeras catástrofes naturais. Em 2008, uma série de furacões causou 800 mortos e cerca de um milhão de sinistrados.

swissinfo.ch com agências

A República do Haiti é um país das Grandes Antilhas.
Ela ocupa a parte ocidental da ilha Hispaniola (28 mil Km2).

Na parte oriental da ilha está a República Dominicana.

A capital do Haiti é Porto Príncipe.

População : mais de 9 milhões de habitantes.

80% dos haitianos vivem abaixo do nível de pobreza e mais de 50% na miséria total.

Em 2008, quatro ciclones provocaram 800 mortos no país e enormes danos matérias nas estradas e no setor agrícola.

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