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Para onde vai a interdependência global?

Homem desfocado na neve com painel de vidro do WEF em primeiro plano
Mais de 3.000 dos principais representantes empresas, governos e sociedade civil aterrissam em Davos nesta semana para discutir o futuro da globalização. Keystone

Questões em torno do mundo em rede - a chamada “Globalização 4.0” - estarão no topo da agenda na edição deste ano do Fórum Econômico Mundial (WEF, iniciais em inglês) em Davos. O que isso significa para as empresas da Suíça e seu lugar no cenário global?

As interações internacionais entre pessoas, empresas e governos devem se tornar mais inclusivas e sustentáveis, diz Klaus Schwab, presidente-executivo do WEF, acrescentando que “temos que cuidar dos perdedores, depois daqueles que foram deixados para trás”.

O encontro na nevada Davos, diz Schwab, cria uma oportunidade para os líderes globais darem uma pausa da rotina diária do gerenciamento de crises para definir prioridades, aproveitar oportunidades futuras e mitigar ameaças. Como o mundo pode aspirar ao progresso sustentável em uma era em que tecnologias revolucionárias, como a inteligência artificial, estão transformando fundamentalmente o funcionamento de economias, negócios, sociedades e governos, criando novos vencedores e perdedores?

As apostas são altas, não apenas para países, mas também para empresas. Metade dos 3.000 ou mais participantes reunidos em Davos são oriundos do mundo dos negócios. Entre eles estarão empresas suíças de uma ampla gama de setores que estão na linha de frente da busca global por soluções e no centro do problema.

Quem está indo para o WEF?

Mais de 65 chefes de estado, incluindo o presidente suíço Ueli Maurer, participarão do Fórum de quatro dias a partir de 22 de janeiro. O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o vice-presidente chinês Wang Qisham estarão presentes, mas os chefes de estado dos Estados Unidos e da França estarão ausentes, ambos lidando com sérias questões em casa.

O tema principal do WEF 2019 é “Globalização 4.0: Moldando uma nova arquitetura na era da quarta revolução industrial”. Como a Suíça abriga 25.000 multinacionais estrangeiras e suíças, nossa cobertura se concentrará no que isso significa para as grandes corporações nessas três áreas: 

1.    Alimentação e tecnologia

Como podemos alimentar a população do nosso planeta, em rápida expansão, sem destruí-lo? Em 2050, a Terra abrigará quase 10 bilhões de pessoas. Alimentá-los exigirá um aumento de 70% na produção de alimentos, de acordo com o WEF. As empresas de agronegócios sediadas na Suíça, como a Syngenta, podem enfrentar o desafio de maximizar a produção de alimentos sem agravar o desmatamento ou colocar em risco nossa saúde? As proteínas alternativas são o caminho a seguir?

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2.    Reduzindo a diferença de gênero

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, estará no WEF pela primeira vez junto com veteranos como a chanceler alemã Angela Merkel e Christine Lagarde, diretora administrativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Saadia Zahidi, diretora de agendas sociais e econômicas do WEF, observa que menos de um quarto dos participantes do WEF no ano são mulheres, apesar dos esforços de sua equipe para aumentar a participação feminina.

“Isso está longe de ser uma representação suficiente”, diz Zahidi. “A questão fundamental é que o caminho para postos de liderança está atualmente quebrado.”

Que lições podem as líderes femininas de todo o mundo oferecer à Suíça, que não se encontra nem entre os primeiros dez lugares no ranking de paridade de gênero do WEF?

3.    Digitalização da saúde

Exploraremos como as tecnologias, de dispositivos de monitoramento físico vestíveis até o sequenciamento genético, estão transformando modelos de negócios na indústria farmacêutica. Grandes empresas farmacêuticas suíças, como Roche e Novartis, estão cada vez mais reunindo e analisando grandes quantidades de dados para personalizar o tratamento dos “biomarcadores” únicos de uma pessoa e tornar os exames clínicos mais eficientes. Grandes executivos farmacêuticos afirmam que isso coloca as pessoas no centro dos cuidados de saúde. Mas o que isso significa para a privacidade de dados e como podemos garantir que essas descobertas beneficiem aqueles que mais precisam delas?

A globalização é também uma questão crítica para a Suíça, país anfitrião, que está entre os países mais afetados pelo fenômeno.


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