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A magia de Zermatt

Zermatt, no vale, com a famosa montanha, no fundo. Foto / ©: Toni Mohr swissinfo.ch

Plantada em plenos Alpes suíços, a 1600 m, Zermatt é um paraíso para férias.

O vilarejo – que atrai anualmente um milhão de turistas do mundo inteiro – tira sua magia do Matterhorn, uma das montanhas mais fotografadas do planeta.

No inverno, coberto de neve, ou no verão, desprovido do alvo manto, Zermatt é um dos mais famosos vilarejos alpinos.

Emoldurado por cadeia de montanhas majestosas que culminam a mais de 4 mil metros, o renomado vilarejo alinha chalés típicos e centenas de lojas com tudo o que o turista procura. A escolha vai de relógios de luxo a bugigangas, passando por cucos ou os inevitáveis e sempre procurados canivetes suíços.

A silhueta mágica

O maior trunfo de Zermatt, no cantão do Valais, é estar praticamente ao sopé do mítico Matterhorn – Cervin, em francês ou Cervino, em italiano (esta última grafia é, provavelmente, mais adequada em nossa língua).

Esse monte de 4.478 m, que pode lembrar a forma de uma rústica pirâmide, suscita curiosidade de turistas de todo o mundo.

O Matterhorn certamente diminui bastante o trabalho de promoção de Zermatt, pois segundo Roland Imboden, diretor de Turismo da localidade, “muitos vêm de além-mar unicamente para vê-lo de perto”.

Sinal desse interesse, andando por Zermatt, você pode com freqüência tropeçar em pessoas procurando o melhor ângulo para fotografá-lo ou ser fotografadas nessa idílica paisagem, tendo como pano de fundo a famosa silhueta que é a marca registrada da região e um dos mais fortes símbolos de marketing utilizados pela Suíça.

O apelo dos bares

Em qualquer época do ano, os turistas afluem em quantidade. Em 2003 foram cerca de 1 milhão. Tanto que a certas horas do dia ou da noite, o cotovelo pode ser até um “instrumento” útil para andar na rua principal…

Em Zermatt, possibilidades de lazer não faltam. De ócio, também. Aliás, um dos passatempos favoritos de muitas pessoas é encontrar um terraço de um bar ou restaurante para ver passar toda essa fauna humana.

Se o turismo começou a engatinhar na região já na primeira metade do século XIX, ele se tornou um fenômeno de massa apenas nas últimas décadas do século XX. Hoje Zermatt é um vilarejo alpestre, ao mesmo tempo rústico e cosmopolita.

Em resposta à demanda, Zermatt investiu pesado em infra-estrutura hoteleira, em instalações para levar os clientes, no verão ou em pleno inverno, a diferentes pontos das montanhas circundantes. Até ao Klein Matterhorn a 3.810 m em teleférico ou mesmo a altitude ainda superior com telesqui ou telecabine.

O apelo das montanhas

Com tantas belezas naturais, não se resistiu, de fato, à tentação de criar uma rede de transportes de pessoas pelos montes e vales próximos, que passa até por precipícios aterradores.

Não havia como não explorar uma região tão privilegiada onde, como lembra Roland Imboden, se encontra a metade das 78 montanhas européias de mais de 4 mil metros.

Em Zermatt – vilarejo de 5.500 habitantes – há 116 hotéis e pensões. Dos hotéis, 3 são de cinco estrelas, e 36 de quatro. E só no setor hoteleiro há 6.800 leitos.

Para quem fica pelo menos 1 semana, uma boa opção pode ser alugar um dos numerosos apartamentos.

400 km de pistas

A oferta de chalés à locação é também importante e variada. Mas aí as despesas são maiores.

Resta que, em conseqüência desses investimentos, a paisagem sofreu bastante. Em particular com a proliferação de postes de cimento armado e cabos de aço nas ladeiras que praticamente cercam o vilarejo.

Mas saíram ganhando, entre outros, a maioria menos preocupada com questões ecológicas, os numerosos turistas ávidos de altitude, os esquiadores que dispõem de uma área “esquiável” de 400 km de pistas – se incluirmos as fronteiriças pistas italianas de Cervinia – e os apaixonados por vôos em balão e em parapente.

Isso sem falar nas possibilidades de instigantes passeios em “mountain bikes” que, aliás, podem ser alugadas no vilarejo.

O trem que sobe a 3.000 m

Se quem sobe ao Klein Matterhorn pode ver o Matterhorn de perto, os que optam pelo trem à cremalheira do Gornergrat dispõem de um balcão interessante para admirar ou fotografar à distância o famoso monte.

A linha férrea Zermatt-Gornergrat que leva os turistas a 3.089 m de altitude, construída há mais de 100 anos, é uma dessas obras de engenharia que deixam qualquer um embasbacado. Esse primeiro trem elétrico do gênero na Suíça passa à beira de incríveis precipícios e por um trecho final muito escarpado.,

No inverno é invadido por esquiadores que “sofrem” com o percurso de 45 minutos, mas podem saborear uma longa descida.

No verão são os montanhistas, em particular, que o apreciam para excursões muito populares que oferecem vistas para 29 cumes de 4 mil metros. Ou simplesmente para ir ao terraço do Gornergrat, tomar umas e outras e esquecer da vida.

Ah! é de lá que se tem uma vista esplendorosa do Matterhorn. Dele, em Zermatt, não dá para esquecer. Quando você não vê o Matterhorn em Zermatt parece que falta alguma coisa…

swissinfo, J.Gabriel Barbosa, Zermatt

– Em plenos Alpes, situado a 1.620 m de altitude, no cantão de Valais – praticamente eqüidistante de Milão, Zurique e Genebra – Zermatt é uma destinação turística privilegiada que se beneficia de uma natureza generosa.

– Nada divulga melhor Zermatt que o famoso monte Matterhorn, um dos mais fortes símbolos de marketing, utilizados pela Suíça.

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