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Abertura a novos fluxos turísticos

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Pioneira em abertura a países fora da Europa, Crans-Montana procura atrair turistas em períodos menos favoráveis.

Povos com costumes diferentes podem facilitar a tarefa. E o mercado chinês se torna interessante…

Crans-Montana é uma típica região turística: a população residente, de aproximadamente 8 mil habitantes – dos quais cerca de 10% de portugueses – pode chegar a reunir número dez vezes superior de pessoas nos períodos de maior afluência, como fim de ano e carnaval.

Os hotéis têm capacidade para acolher 3.600 pessoas. Mas nos apartamentos disponíveis há lugar para 35 mil outras aproximadamente.

Se mesmo assim estamos longe dos 50 mil é porque muita gente vai à estação apenas para atividades turísticas ou esportivas durante o dia, sem, portanto, utilizar hospedagem.Muitos apartamentos e chalés são residências secundárias, conseqüentemente pouco ocupadas e não disponíveis à locação.

Pioneirismo

Mas a clientela é muito internacional. Se um pouco mais de 50% são da Suíça, uma elevada percentagem é originária de outros países da Europa, em particular da França, Itália e Alemanha, ou seja três países vizinhos.

A propósito, as autoridades responsáveis de Crans-Montana foram empreendedoras em abrir novos mercados, estando sempre preparadas para novos fluxos turísticos.

Segundo o chefe de marketing de Crans-Montana, Philippe Sproll, a região foi precursora na busca de turistas fora da União Européia, em particular a Rússia. Exemplo aparentemente copiado por Zermatt.

Essa atitude tem uma explicação financeira. Com os europeus ocidentais, católicos e protestantes na maioria, as férias e grandes festas coincidem nas mesmas épocas do ano. Com os ortodoxos russos, por exemplo, podem prolongar o período de vacas gordas do fim de ano. Para eles as comemorações começam quando acabam as dos cristãos ocidentais.

E como diz Philippe Sproll, “para encher a estação durante todo o ano é preciso buscar turistas fora da Europa.

Novo filão

Nessa ótica, os meios turísticos suíços estão mirando com bons olhos os indianos que aqui chegam porque são pessoas que gastam muito.

Agora, Crans-Montana, como outras partes regiões da Suíça, se prepara para acolher um novo filão interessante, nem que seja pelo número: os chineses. Está consciente de que eles vêm de férias à Suíça em outros períodos que os europeus.

Mas o marketing não é indiscriminado. Se foi praticado na Rússia e em países como a Lituânia foi porque há condições políticas e principalmente financeiras que permitem os cidadãos viajar.

Por isso mesmo, Crans-Montana não se mostra apressada em atuar em países do Leste Europeu, agora mais abertos à Europa Ocidental, mas onde pelo menos as condições ainda são insatisfatórias.

High society

Note-se também que os turistas latino-americanos, segundo Sproll, “são poucos. Talvez 3% do total”.

Crans-Montana figura ainda entre as destinações turísticas consideradas chiques, como Zermatt (Valais), Gstaad (Berna), ou St.Moritz (Grisões). Pelo menos uma pequena porcentagem de pessoas parece ir a esses lugares para serem vistas.

Há número considerável de personalidades de diferentes meios que freqüentam uma ou mais dessas estações. Gente com forte poder aquisitivo e por isso mesmo sempre bem-vindas. Não é à toa que em Crans-Montana, como nos três outros “resorts”, o número de butiques finas é elevado.

swissinfo, J.Gabriel Barbosa, de Crans-Montana

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