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"Estamos no limbo", dizem russos que esperam no México por asilo nos EUA

O governo de Tijuana planeja levar os russos "para um lugar seguro", provavelmente para abrigos de migrantes, disse o secretário de Segurança Pública Fernando Sánchez afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 19. março 2022 - 20:14
(AFP)

Famílias russas que fugiram de seu país em meio à guerra contra a Ucrânia estão vivendo em um acampamento improvisado na cidade mexicana de Tijuana, fronteira com os Estados Unidos, onde esperam receber asilo.

Com crianças e idosos, eles se estabeleceram em um lado da faixa de pedestres de San Ysidro Garita, que liga Tijuana, na Baixa Califórnia (noroeste), à cidade americana de San Diego.

Eles usam suas malas para definir o espaço correspondente a cada família. Eles não têm acesso às suas contas bancárias devido a sanções internacionais contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, e o dinheiro que trouxeram está acabando.

- "Não podemos retornar à Rússia" -

Cerca de 35 no total, segundo o governo local, dizem que chegaram de avião e que devem esperar que as autoridades americanas tramitem sua entrada, como o restante dos migrantes, principalmente da América Central.

No entanto, as autoridades dos EUA imediatamente cedem lugar aos ucranianos.

"Eles (os agentes americanos) dizem que só podem nos pedir para esperar, que por enquanto não podem nos deixar entrar e que talvez não possam nos deixar entrar", disse o russo Anton, de 27 anos que viaja com sua esposa.

"Parece que estamos em uma espécie de limbo que não pode ser resolvido por enquanto", acrescentou este jovem, que falou em inglês, e expressou impotência pelas prisões sofridas por seus concidadãos por protestar contra a invasão da Ucrânia por seu país.

"Não podemos voltar para a Rússia. Estamos em uma situação desesperadora, em uma situação econômica potencialmente terrível porque não podemos ter nenhuma fonte estável de renda da Rússia devido às sanções", declarou.

- "Um futuro melhor" -

Irina Zolkina, 40 anos, fugiu da Rússia com seus filhos de 18, 10 e 3 anos. Ela deixou Moscou em 3 de março para o Uzbequistão, de onde pegou um voo para Cancún, Yucatán, no leste do México, onde diz ter chegado em 14 de março.

Ela chegou a Tijuana três dias depois, e desde então dorme no chão com os filhos, que não perde de vista preocupada com o crime nesta região afetada pelo tráfico de drogas.

"Sim, estamos preocupados por estar aqui, mas é um risco que corremos para tentar ir para os Estados Unidos e oferecer um futuro melhor para nossos filhos", diz.

O governo local planeja "levá-los para um lugar seguro", provavelmente para abrigos de migrantes, disse o secretário de Segurança Pública de Tijuana, Fernando Sánchez.

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