Perspectivas suíças em 10 idiomas

Acnur pede que países América Latina recebam refugiados venezuelanos

Migrantes venezuelanos exibem bandeira de seu país em um acampamento de refugiados em Bogotá, 13 de novembro de 2019 afp_tickers

O alto comissário da ONU para os refugiados (Acnur), Filippo Grandi, pediu nesta terça-feira (9) aos países da América Latina que mantenham as “portas abertas” para os migrantes e refugiados venezuelanos, sem limitar a entrada deles.

“A solidariedade na América Latina tem sido uma vez mais destacável” diante da crise na Venezuela, declarou Grandi numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação dos refugiados no mundo.

“Apesar da carga que pesa sobre vocês, deixem a porta aberta e aliviem as restrições impostas aos venezuelanos” que fogem do país, pediu o chefe da Acnur.

Grandi disse à imprensa que não se deve restringir a entrada das pessoas que fogem. Alguns países latino-americanos exigem documentos de identidade aos exilados para autorizar uma estadia em seu território.

Grandi afirmou que “3,4 milhões de venezuelanos abandonaram o país”, entre migrantes e refugiados que fogem por diversas razões: desnutrição, escassez de medicamentos para doenças crônicas ou por conta da violência ou insegurança.

“Colômbia, Peru, Equador e Brasil são os países mas preocupados” por esta onda de imigração, declarou, acrescentando que no total “15 países recebem os venezuelanos” na região.

A poucos dias de uma reunião a ser realizada em Quito para discutir a ajuda financeira e os programas de ajuda aos refugiados, Grandi destacou que “o apoio a estes países (que recebem venezuelanos) deve aumentar” através de fundos da ONU e de instituições financeiras internacionais.

A ONU prevê que até fim deste ano o número de migrantes venezuelanos chegará a 5,3 milhões, como reflexo da pior crise humanitária da América Latina em tempos de paz.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR