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Acordo entre UE e Cuba dificilmente será fechado neste ano

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini (D), e o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla (E), participam de coletiva de imprensa, em Bruxelas, no dia 22 de abril de 2015 afp_tickers

União Europeia e Cuba fizeram avanços importantes nas negociações para normalizar suas relações, mas será difícil chegar a um acordo este ano, disse um alto funcionário europeu nesta quarta-feira.

“Concluir um acordo no final de 2015 continua sendo o objetivo de ambas as partes, mas será difícil. Melhor chegar a um bom acordo do que a um acordo rápido”, estimou a fonte antes da nova rodada de negociações em Havana, que acontecerá nos dias 9 e 10 de setembro, conforme anunciou a delegação da UE na capital cubana.

“Faremos o possível para consegui-lo, prevemos uma nova rodada de negociações este ano, em novembro”, acrescentou este funcionário, que pediu para ter sua identidade preservada.

Ambas as partes afirmaram ter conseguido avanços importantes em sua última reunião em junho em Bruxelas no que se refere a comércio e cooperação, mas mantêm as “divergências” no capítulo de diálogo político, que inclui a espinhosa questão dos direitos fundamentais.

Na Europa, as relações com Cuba são marcadas pela chamada “posição comum” da UE de 1996, impulsionada pelo então chefe do governo espanhol José María Aznar, e que desde condiciona o diálogo bilateral aos avanços em liberdades e direitos humanos na ilha.

Em abril de 2014, Havana e Bruxelas começaram a negociar para pôr fim a essa “posição comum” e substituí-la por um Acordo de Diálogo Político e de Cooperação.

Cuba é o único país da América Latina que não tem um acordo de diálogo político com a UE, que em 2003 suspendeu a cooperação com ilha, após a prisão de 75 dissidentes, já soltos.

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