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Ao menos 900 crianças imigrantes foram separadas dos pais nos EUA no último ano

Ativistas fazem protesto em frente a um centro de detenção de imigrantes en Homestead, Flórida afp_tickers

Ao menos 900 crianças imigrantes foram separadas de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos com o México no ano passado, apesar de uma ordem judicial para o governo Trump parar com essa prática, informou nesta terça-feira um grupo de direitos humanos.

A União Americana de Liberdades Civis (ACLU) informou em denúncia judicial em San Diego que o governo está acusando os pais de delitos menores, como infrações de trânsito e negligência, para seguir separando as crianças na fronteira.

Um pai foi afastado de sua filha de um ano porque ele não trocou a fralda dela, exemplificou a ACLU.

Em outro caso, uma menina de três anos de idade foi separada do pai sob a alegação de que ele não podia provar que ela era realmente sua filha. A família fez um teste de DNA que confirmou o vínculo, mas nesse período a garota foi abusada sexualmente enquanto estava detida.

Outro menino, de quatro anos, foi separado porque seu pai tinha um problema de fala que o impediu de responder às perguntas dos agentes da Patrulha da Fronteira, de acordo com a queixa.

O governo Trump começou a separar as crianças de seus pais em maio do ano passado, como parte de uma política de “tolerância zero” em relação aos imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente.

Mas seis semanas depois de começar a prática, que provocou indignação e protestos internacionalmente, o presidente mudou de posição e anunciou que seu governo deixaria de separar as famílias a menos que os pais representassem um “risco” para seus filhos.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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