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Bolívia tem dois mortos em choques entre partidários e opositores de Morales

Uma polêmica eleição de 20 de outubro, vencida por Morales, mas descrita por seu oponente Carlos Mesa como uma fraude, provocou quase uma semana de confrontos violentos afp_tickers

O ministro boliviano da Defesa, Javier Zabaleta, confirmou nesta quarta-feira que ao menos duas pessoas morreram em Santa Cruz, no leste do país, em confrontos entre opositores e partidários do presidente Evo Morales, que reivindica uma questionada vitória nas eleições de 20 de outubro.

“O certo é que se perderam vidas humanas e isto é irreparável”, disse Zabaleta ao canal PAT sobre informações da imprensa de Santa Cruz de que duas pessoas morreram em confrontos na localidade de Montero.

O jornal El Deber, o principal de Santa Cruz, identificou as vítimas como dois homens, de 48 e 60 anos, mortos por disparos de armas de fogo.

Um médico da clínica de Montero, Gerardo Paniagua, disse ao jornal La Razón que “ambos faleceram com as mesmas características (…), com armas do mesmo calibre”.

O presidente do opositor comitê civil de Montero, Regis Medina, que convocou uma greve contra a eleição de Morales, confirmou as duas mortes.

Grupos civis e o candidato derrotado Carlos Mesa convocaram protestos contra a vitória de Morales para um quarto mandato, até 2025.

Para superar a crise, Morales autorizou a Organização dos Estados Americanos (OEA) a realizar uma auditoria das eleições.

“O pior de tudo isto é que se nós, os políticos, não buscarmos uma solução, o que ocorreu hoje em Montero vai se repetir em outros lugares do país”, advertiu Zabaleta.

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