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Bolsonaro se apresenta como defensor da democracia em cúpula promovida por Biden

O presidente Jair Bolsonaro discursa em cerimônia pelo Dia Internacional de Combate à Corrupção no Palácio do Planalto, em Brasília, 9 de dezembro de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 10. dezembro 2021 - 22:10
(AFP)

O presidente Jair Bolsonaro se apresentou nesta sexta-feira (10) como um defensor dos valores democráticos em seu discurso na Cúpula da Democracia, organizada esta semana pelo governo dos Estados Unidos.

"Cumprimento o presidente Joe Biden pela iniciativa", disse. "Esta é uma oportunidade para renovar no mais alto nível nosso compromisso comum com a defesa da democracia, o combate à corrupção e a defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

Bolsonaro, no poder desde 1º de janeiro de 2019, assegurou que seu governo trabalha "com determinação" para "forjar uma cultura de diálogo, liberdade e inclusão social".

"A proteção dos direitos humanos é um valor inerente ao governo brasileiro e orientador de todas as nossas políticas públicas e programas sociais", afirmou.

O presidente também destacou estar "empenhado" em garantir as liberdades de pensamento, associação e expressão, "inclusive na internet", o que considerou "essencial para o bom funcionamento de uma democracia saudável".

Apesar do discurso, as credenciais democráticas de Bolsonaro, um populista de extrema direita que chegou a dizer que "só Deus" vai tirá-lo do poder, têm sido questionadas.

Segundo a ONG Human Rights Watch (HRW), o presidente Bolsonaro "ameaça o sistema democrático" com seus ataques frequentes ao sistema eleitoral, ao qual acusa de favorecer a fraude, e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que abriu várias investigações contra ele.

Senadores do Partido Democrata, de Biden, também alertaram para o "declínio democrático" do Brasil durante o governo Bolsonaro, um dos principais aliados internacionais do ex-presidente republicano Donald Trump, advertindo que a relação bilateral corre risco se ele descumprir as normas das eleições de outubro de 2022.

Um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da OEA, advertiu este ano para a deterioração da situação dos direitos humanos desde que Bolsonaro venceu as eleições, com um aumento dos "crimes de ódio", maior violência contra pessoas LGBTI, jornalistas e ativistas, e um "risco de extermínio" de populações indígenas.

Cerca de 100 governos, assim como representantes da sociedade civil, participaram nesta quinta e sexta-feiras da Cúpula da Democracia de Biden, realizada por videoconferência devido à pandemia de covid-19.

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