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Candidato a vereador é assassinado no sul do México

Parentes e amigos junto ao caixão de Florisel Rios, um prefeito assassinado no estado de Veracruz, no leste do México, em novembro de 2020 afp_tickers

Um candidato a vereador de um município do estado mexicano de Chiapas (sul) foi morto a tiros nesta sexta-feira (28), informou o Ministério Público estadual, em meio a uma escalada de violência contra candidatos que obscurece a campanha para as eleições legislativas no México.

Cipriano Villanueva, de 65 anos, era candidato a vereador do município de Acapetahua, localizado na região de Soconusco, pelo partido estadual Chiapas Unido.

Seu corpo foi encontrado em uma estrada próxima ao município, caído sobre um muro de contenção, segundo relatório policial.

Policiais e Ministério Público foram ao local do crime, onde encontraram quatro cartuchos de projéteis 9 mm, além de uma motocicleta abandonada.

O político local foi baleado ao sair de sua fazenda por indivíduos que estavam em uma motocicleta, segundo versões coletadas pela polícia.

O líder do partido Chiapas Unido, Conrado Cifuentes, lamentou o assassinato de Villanueva e exigiu que as autoridades esclareçam os fatos.

Um grupo de indivíduos não identificados armados interceptou nesta sexta-feira o caminhão no qual viajavam o líder dos deputados do partido governista Morena, Mário Delgado, e outros legisladores, quando percorriam uma rodovia em Tamaulipas, estado muito atingido pelo tráfico de drogas no nordeste do país.

“Acabamos de ser parados por uma caminhonete com armas grandes, estamos aqui em Matamoros, pedimos apoio à Guarda Nacional. Eles nos detiveram com armas grandes e nos fecharam (o caminho)”, disse Delgado em vídeo transmitido ao vivo pela sua conta do Facebook, exatamente quando eles estavam sendo abordados.

Visivelmente nervoso, o legislador mostrou como um dos sujeitos da outra caminhonete conversou com o motorista e com o deputado Erasmo González, que se identificou como integrante do Morena, e lhe disse que não podiam sair do veículo.

“Felizmente não foi pior (…) Acabamos de vivenciar uma situação que não desejamos a ninguém”, disse Delgado, depois que o veículo já havia partido. Também estavam presentes a senadora Lupita Covarrubias e a deputada Adriana Lozano.

Pelo menos 14 candidatos que disputam as eleições de 6 de junho, quando mais de 20.000 cargos serão eleitos, foram assassinados, segundo dados do governo.

No entanto, a consultoria privada Etellekt garante que entre candidatos e pré-candidatos já existem 34 vítimas, de um total de 88 políticos mortos desde o início do processo eleitoral em setembro passado.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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