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Caracas chama de ‘terrorismo econômico’ novo bloqueio dos EUA

O chanceler Jorge Arreaza garante que não abandonará diálogo com oposição. afp_tickers

O governo venezuelano acusou nesta terça-feira Washington de praticar “terrorismo econômico” e de buscar uma ruptura no diálogo com a oposição, após novas sanções que congelam todos os seus bens nos Estados Unidos.

O governo de Nicolás Maduro “denuncia perante a comunidade internacional uma nova e séria agressão do governo Trump por meio de ações arbitrárias de terrorismo econômico contra o povo da Venezuela”, afirma o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

A Força Armada venezuelana – considerada o principal apoio de Maduro – também denunciou a “aberrante ação” dos Estados Unidos para derrubar o governo socialista, abalado por uma bateria de sanções americanas.

“Diante da chantagem e da coerção que pretendem nos impor”, o corpo militar ratifica, mais uma vez, que permanecerá “firme e inquebrantável” diante das “ameaças imperialistas”.

Caracas considerou que com esta nova ofensiva para expulsar Maduro do poder, Washington e seus aliados “apostam no fracasso do diálogo político” entre delegados do governo e do líder opositor Juan Guaidó sob a mediação da Noruega, pois “temem seus resultados e benefícios”.

Mas o governo venezuelano “não permitirá que esta tendenciosa escalada de agressões afete” as conversações, que ocorrem desde julho em Barbados.

O presidente Donald Trump ordenou na segunda-feira o congelamento de todos os ativos do governo venezuelano nos Estados Unidos.

“Decidi que é necessário bloquear as propriedades do governo da Venezuela devido à continuação da usurpação do poder pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro”, disse Trump em carta à presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

A determinação afeta “todos os bens e interesses de propriedade do governo da Venezuela nos Estados Unidos”, ativos que a partir de agora “estarão bloqueados e não poderão ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou administrados”.

A medida também proíbe transações com as autoridades venezuelanas cujos ativos estejam bloqueados.

Finalmente, veta a concessão ou recepção de “qualquer contribuição ou provisão de fundos, bens ou serviços por ou para o benefício de qualquer pessoa cujas propriedades e interesses estejam bloqueados”.

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