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Centenas de migrantes deportados dos EUA 'largadas' em perigosa cidade mexicana (MSF)

Migrantes cruzam o Rio Grande perto do posto de fronteira entre Ciudad Juárez e El Paso, nos Estados Unidos, no México, em 15 de abril de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 30. abril 2021 - 00:57
(AFP)

Centenas de pessoas deportadas dos Estados Unidos estão "largadas" em uma praça pública na cidade mexicana de Reynosa, uma das "áreas mais perigosas do país", denunciou a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta quinta-feira (29).

As centenas de migrantes, a maioria mulheres e crianças de Honduras, Guatemala e El Salvador, "estão abarrotadas" na Plaza de la República, de Reynosa, Tamaulipas, fronteira com os Estados Unidos, informou a MSF em um comunicado.

“Temos relatos de pessoas desaparecendo dia e noite na praça". Esses migrantes estão em constante perigo de "sequestro e violência", alertou a ONG.

Os estrangeiros foram deportados para o território mexicano sob a "perniciosa e discriminatória" lei "Título 42", estabelecida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para evitar a disseminação da covid-19 e que ainda está em vigor, acrescentou a organização.

A MSF, que oferece até 150 consultas psicológicas e médicas por dia no local, disse que a maioria dos migrantes está "traumatizada".

"Vemos principalmente famílias, especialmente mulheres viajando sozinhas com seus filhos, que foram imediatamente deportadas para uma cidade extremamente perigosa, dormindo na rua", acrescentou o comunicado.

Tamaulipas, com costa no Golfo do México, é a rota mais curta para chegar aos Estados Unidos pelo sul, mas é perigosa devido à presença de gangues que sequestram, extorquem e assassinam migrantes. É também um dos locais mais disputados pelos traficantes de drogas, segundo relatórios oficiais.

Em janeiro, 19 pessoas foram encontradas queimadas no município de Camargo, Tamaulipas, 16 delas eram migrantes guatemaltecos.

Mais de 172.000 migrantes irregulares, incluindo quase 19.000 menores desacompanhados, foram detidos na fronteira sul dos Estados Unidos em março, um aumento de 71% em um mês e o nível mais alto em 15 anos.

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