Cinco guardas detidos em novo motim em prisão no Equador
Um novo motim na prisão foi controlado sem mortes nesta segunda-feira (1º) no Equador, onde 79 presidiários morreram há uma semana em distúrbios simultâneos em várias prisões, e os cinco guardas que foram feitos de reféns foram libertados, informaram as autoridades.
“Os servidores da força de segurança, que foram detidos pelos presos, estão salvos e sem danos à sua integridade física ou saúde”, disse o órgão encarregado das prisões em nota.
"Nenhuma morte foi registrada" durante o novo motim, acrescentou a nota.
A polícia informou no Twitter que a ação de seus agentes "permitiu controlar os incidentes" no presídio de Latacunga, centro andino do Equador e capital da província de Cotopaxi.
Oito presidiários morreram no mesmo local na semana passada.
Anteriormente, o comandante da polícia, General Patricio Carrillo, havia relatado no Twitter que "esta manhã um novo motim na (prisão de) Cotopaxi resultou em 5 guardas detidos".
"O problema carcerário tem graves consequências e é diverso em suas manifestações, as crises nós resolvemos temporariamente com enormes esforços e sacrifícios", acrescentou.
Na terça-feira passada, o Equador viveu sua pior crise carcerária quando 79 reclusos dos pavilhões de segurança máxima morreram em violentos motins registrados em quatro presídios: dois do porto de Guayaquil (sudoeste), um de Cuenca (sul) e outro de Latacunga (centro).
As penitenciárias dessas três cidades são as principais do país e concentram 70% da população carcerária, de 38.000 pessoas.
Na prisão de Turi, na andina Cuenca, alguns presos foram decapitados e desmembrados e quase foram queimados, segundo a Promotoria.
As autoridades atribuem os motins a um confronto de gangues criminosas que disputam o poder e que estão supostamente vinculadas a organizações mexicanas e colombianas.
O sistema carcerário do Equador é composto por cerca de 60 centros de detenção com capacidade para abrigar 29.000 pessoas e conta com 1.500 guardas, com um déficit de pelo menos 2.500 guardas. A superpopulação é de cerca de 30%.