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Coalizão opositora venezuelana rechaça ‘ameaça militar’

(Arquivo) Sessão da Assembleia Nacional, em Caracas afp_tickers

A aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) rechaçou neste domingo “a ameaça militar de qualquer potência estrangeira” contra a Venezuela, sem mencionar o presidente americano, Donald Trump, que advertiu que poderia usar a “opção militar” ante a crise venezuelana.

A MUD, integrada por 30 partidos políticos contrários ao presidente Nicolás Maduro, repudiou em um comunicado “o uso da força, ou a ameaça de aplicá-la, por parte de qualquer país na Venezuela”.

Trump afirmou na última sexta-feira que estudava “muitas opções” para o caso venezuelano, “incluindo uma possível opção militar, se necessário”.

A MUD não menciona em seu comunicado nem Trump nem os Estados Unidos, mas acusa Maduro de “tornar o país uma ameaça regional” e promover uma “intervenção cubana”, referindo-se às relações estreitas entre Caracas e Havana desde a chegada do chavismo ao poder, em 1999.

“A Venezuela sofre há anos interferência militar e política de Cuba, afetando não apenas nossa soberania e independência, mas também constituindo uma das principais causas da violência” no país, afirmou a coalizão, que convocou protestos que já deixaram 125 mortos em pouco mais de quatro meses.

O texto responsabiliza Maduro por “isolar a Venezuela do restante do mundo, principalmente de países irmãos e vizinhos que foram nossos aliados históricos”.

A tensão entre Venezuela e Estados Unidos aumentou com a instalação de uma Assembleia Constituinte promovida por Maduro, que a oposição denuncia como manobra para instaurar uma “ditadura comunista”.

“O único caminho para a paz é a restituição da democracia. Nós, venezuelanos, exigimos a realização de eleições livres em todos os níveis”, assinalou a MUD.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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