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Colômbia ultrapassa 100.000 casos de COVID-19 quatro meses após primeiro caso

María Eugenia Rodríguez, 71, Eleodoro Quijano, e José Ávila, 72, em Bogotá desafiam por necessidade o confinamento imposto aos idosos na Colômbia afp_tickers

A Colômbia ultrapassou 100.000 casos do novo coronavírus na quarta-feira, quase quatro meses após o registro do primeiro caso e em um momento em que infecções e mortes pela doença dispararam, segundo o Ministério da Saúde.

A quarta economia latino-americana, com 50 milhões de habitantes, superou a barreira de 100.000 casos, relatando 4.163 novos contágios, o que eleva o número total para 102.009 infecções detectadas desde 6 de março, de acordo com o boletim diário do ministério. O país sul-americano registrou 136 mortes nesta quarta-feira, totalizando 3.470 mortes.

Desde a descoberta do primeiro paciente contaminado na Colômbia, um estudante de 19 anos da Itália, 43.407 pessoas se recuperaram.

Embora o governo conservador de Iván Duque enfatize que os números são inferiores aos de outros países da América Latina, as infecções e mortes aumentaram consideravelmente desde que o presidente ordenou que o fechamento obrigatório em vigor desde 25 de março fosse relaxado.

Dois terços de todas as infecções e mortes ocorreram em junho. No dia 19 desse mês, houve um dia de descontos nas vendas promovido pelo governo que levou milhares de compradores às ruas.

Em sua tentativa de reviver a economia devastada, Duque permitiu o retorno de outras atividades, apesar das críticas de alguns líderes locais.

Em Bogotá, principal foco da doença, a prefeita da oposição Claudia López acredita que “praticamente” não há mais quarentena após as determinações do executivo, ainda que a ordem nacional de confinamento esteja em vigor, em princípio, até 15 de julho.

A capital de oito milhões de habitantes tem mais de 30.000 casos da doença e ultrapassa 680 mortes.

Com os números mais recentes, a Colômbia continua sendo o sexto país da América Latina no número de mortes por COVID-19 e o quinto em casos, em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o mundo entrou em um “fase perigosa” por falta de confinamento.

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