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Colômbia anuncia saída da Unasul para se concentrar na OEA

Chanceler colombiano Carlos Holmes Trujillo durante uma coletiva de imprensa no Palácio de São Carlos, em Bogotá, no dia 10 de agosto de 2018 afp_tickers

O governo recém-empossado da Colômbia anunciou nesta sexta-feira (10) sua saída “irreversível” da União de Nações Sul-americanas (Unasul) para se concentrar no fortalecimento da OEA.

Em coletiva de imprensa, o chanceler Carlos Holmes Trujillo evitou se aprofundar nas razões da decisão antecipadas pelo direitista Iván Duque antes de assumir a Presidência na terça-feira, em substituição a Juan Manuel Santos.

“Vamos nos retirar da Unasul. A Colômbia vai deixar de ser membro da Unasul. Vamos participar ativamente dos cenários multilaterais”, acrescentou o chefe da diplomacia, destacando que se trata de uma “decisão política irreversível”.

Em sua campanha, Duque tinha dito que o bloco sul-americano – constituído formalmente em 2011 – tinha se “tornado cúmplice da ditadura venezuelana”.

Ao mesmo tempo em que concretiza sua desvinculação, a diplomacia colombiana trabalhará pelo fortalecimento da Organização de Estados Americanos (OEA).

“Acreditamos na necessidade de relançar a Organização de Estados Americanos para fortalecê-la no desenvolvimento do princípio da defesa e no fortalecimento do sistema interamericano”, disse Trujillo.

Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Paraguai decidiram em abril passado suspender sua participação na Unasul até que se nomeie um novo secretário-geral, em substituição a Ernesto Samper, que deixou suas funções em janeiro de 2017.

A Unasul, com sede em Quito e criada sob o impulso do falecido ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, é formada por 14 nações, das quais seis, as maiores economias da região, já tinham congelado suas atividades neste fórum.

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