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Colômbia recebe dos EUA 2,5 milhões de vacinas em momento crítico da pandemia

Membros da Força Aérea da Colômbia descarregam 2,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Janssen doadas pelos Estados Unidos, no Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá, em 1º de julho de 2021 afp_tickers

A Colômbia recebeu 2,5 milhões de vacinas Janssen contra a covid-19 doadas pelos Estados Unidos nesta quinta-feira (1º), justamente enquanto o país sul-americano atravessa sua pior onda da pandemia, que deixou mais de 106 mil mortos em quase 16 meses.

“Nosso país está recebendo a maior doação de vacinas que já recebeu nessa pandemia, além da maior já registrada na região”, comemorou o presidente, Iván Duque, em um aeroporto militar de Bogotá aonde chegou o carregamento.

Com 50 milhões de habitantes, a Colômbia passa por seu momento mais crítico da pandemia, com números recordes de infecções e mais de 600 mortes diárias pelo novo coronavírus durante as últimas duas semanas.

Duque acrescentou que as vacinas enviadas pelos Estados Unidos – país que descreveu como seu principal aliado no hemisfério – serão “fundamentais” para chegar às 25 milhões primeiras doses aplicadas até o fim de julho. Quase 18 milhões de pessoas receberam uma primeira injeção e 6,7 milhões a segunda.

A ajuda chegou a Bogotá após o presidente ter sua primeira conversa telefônica com seu homólogo americano, Joe Biden, com quem discutiu principalmente questões de segurança. Na chamada, Biden prometeu a doação.

“Estamos aqui para ajudar a Colômbia a alcançar a imunidade coletiva com um mínimo de 70% de sua população recebendo pelo menos uma dose da vacina até setembro”, afirmou Mark Wells, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Bogotá.

A vice-presidente e chanceler, Marta Lucía Ramírez, destacou em mensagem no Twitter que a meta é também imunizar a população venezuelana que vive em seu território – cerca de 1,8 milhão – e que “a chave” para isso será “a solidariedade da comunidade internacional”.

A Colômbia é o quinto país com mais casos de covid-19 em proporção à sua população e o terceiro com mais mortes na América Latina e o Caribe, segundo uma contagem da AFP.

O governo alega que as aglomerações geradas durante os mais de dois meses de protestos contra seu governo agravaram a pandemia. Especialistas concordam e apontam também a reabertura econômica do país como fator que impulsionou o novo pico da pandemia.

Essa terceira onda de infecções foi a mais devastadora desde que o primeiro caso foi detectado em março de 2020. Os estragos econômicos gerados pelo vírus aumentaram a pobreza de 37% para 42% da população.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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