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Coreia do Norte continua produzindo materiais físseis, diz Instituto americano

Soldados se apresentam em uma parada militar na Praça do Palácio Memorial Kumsusan, em Pyongyang, em 28 de julho de 2014 afp_tickers

Recentes imagens de satélite do principal complexo nuclear norte-coreano sugerem que o país prossegue com a produção de plutônio e urânio suscetíveis de entrar na composição de uma bomba atômica, indicou nesta quinta-feira um centro americano de pesquisa.

Com data de 30 de junho, estas imagens da instalação de Yongbyon mostram a retirada de água de refrigeração de seu reator de cinco megawatts, segundo o Instituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS).

“No entanto, sem dados, como a produção de vapor, é difícil determinar o estado operacional do reator e, portanto, estimar a quantidade de plutônio produzida”, ressalta o relatório do centro de pesquisa.

Fechado em 2007 no âmbito de um acordo “ajuda contra o desarmamento”, o reator pode produzir a princípio seis quilos de plutônio por ano, quantidade suficiente para fabricar uma bomba nuclear.

A Coreia do Norte iniciou a restauração do lugar após seu último teste nuclear em 2013 e ele voltou a se tornar operacional em outubro do mesmo ano.

As últimas observações via satélite também revelam o prosseguimento das obras de reconstrução na fábrica de centrífugas do complexo.

O Norte sustenta que a usina só produz urânio pouco enriquecido para alimentar um futuro reator de água leve, mas os especialistas suspeitam que o regime quer produzir urânio para uso militar.

Segundo o ISIS, a fábrica das centrífugas duplicou sua superfície e é provável que cascatas de centrífugas tenham sido instaladas ali.

Depois de utilizar parte de sua reserva para ao menos dois de seus três testes nucleares, Pyongyang possuiria plutônio suficiente para produzir seis bombas, segundo os especialistas estrangeiros.

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