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Descoberta no Chipre aldeia que pode ser a mais antiga de ilha do Mediterrâneo

(Arquivo) Vista da Pedra de Afrodite, na região de Pafos, ilha mediterrânea do Chipre, no dia 1º de junho de 2012 afp_tickers

O Chipre descobriu construções que datam de mais de 11.000 anos, o que pode ser um indício de que se trata da aldeia mais antiga descoberta em uma ilha do Mediterrâneo, anunciaram autoridades nesta terça-feira.

O departamento de antiguidades informou que mais de 20 construções foram completamente escavadas em Klimonas, perto da cidade costeira de Limassol, onde “a mais antiga manifestação de agricultura e de um modo de vida de aldeia são datadas no mundo inteiro”.

O departamento destacou que as estruturas têm entre 10.500 e 11.000 anos – o que significa que foram construídas pelo menos 2.000 anos antes do seguinte assentamento mais antigo conhecido no Chipre, Khirokitia – que integra a lista da Unesco -, próximo de Larnaca.

Ossos de animais, incluindo alguns de gatos e cachorros, também foram descobertos no local, que os arqueologistas acreditam terem sido enterrados a 5.000 metros.

“As construções foram feitas em pequenos terraços, com uma suave inclinação e de frente para o mar”, acrescentou o departamento de antiguidades.

A área de Klimonas contém ferramentas de pedra, como instrumentos de caça e artefatos de agricultura parecidos com os encontrados no Levante, no período Neolítico, afirmou.

“Ainda que o Chipre tenha sido separado do continente por mais de 70 quilômetros de mar, a ilha fez parte do desenvolvimento do Oriente no Neolítico”, de acordo com uma declaração do departamento.

As escavações foram conduzidas pelos especialistas franceses François Briois e Jean-Denis Vigne, disse o relatório, acrescentando que os habitantes de Klimonas provavelmente foram caçadores de pequenos pássaros e de porcos selvagens.

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