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Estudo critica forma de contratação de estrangeiros no Catar

(2013) Estrangeiros trabalham em um canteiro de obras, na capital do Catar afp_tickers

A forma como são contratados trabalhadores estrangeiros em seu país de origem explicaria sua posterior situação no Catar, onde enfrentam abusos, trabalho forçado e endividamento, segundo um estudo publicado neste domingo por uma fundação de Doha.

Catar é objeto de críticas pelas más condições dos operários contratados para as obras da Copa do Mundo de 2022.

O estudo foi realizado pela Qatar Foundation, que atua nas áreas de educação, ciências e desenvolvimento, e e que é dirigida por Moza bint Nasser al Masnad, esposa de Hamad bin Khalifa Al Thani, emir do Catar.

O estudo analisa o caso de cinco países: Filipinas, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka e Índia.

Recomenda “uma maior regulação do trabalho das agências de contratação e no país de origem e no de destino, além de uma maior cooperação entre os governos”.

Também sugerem a substituição dos honorários pagos pelos trabalhadores às agências –que provocam os endividamentos– por gastos das empresas que os contratam.

As autoridades devem ao mesmo tempo assegurar que os salários sejam pagos “a tempo” e entregues diretamente as contas bancárias dos empregados, completa o texto.

Em maio, o Catar anunciou sua intenção de abolir o polêmico sistema de Kafala (apadrinhamento), que coloca os trabalhadores estrangeiros a mercê de seus empregadores.

Desde que o Catar foi eleito em 2010 para organizar o Mundial de 2022, o país é objeto de críticas por parte das organizações de direitos humanos e sindicais, que denunciam o tratamento aos trabalhadores estrangeiros.

bur/lyn/mh/fcc/me.zm/cc

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