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EUA acusa de narcotráfico ex-encarregados venezuelanos de combate às drogas

(Arquivo) Nestor Reverol Torres, em Caracas, no dia 23 de abril de 2009 afp_tickers

Dois militares encarregados no passado do combate às drogas na Venezuela foram acusados nesta segunda-feira nos Estados Unidos, à revelia, de participar de uma rede de tráfico de drogas que introduziu cocaína no território americano, informou a promotoria federal de Nova York.

Os acusados são Nestor Reverol Torres, 51 anos, ex-diretor do Escritório Nacional Antidrogas (ONA) e ex-comandante da Guarda Nacional da Venezuela, e Edylberto José Molina Molina, 53, ex-subdiretor da ONA e atual adido militar na Alemanha.

Segundo a promotoria, os dois “utilizaram suas posições de poder para facilitar (a operação de) organizações de narcotráfico”.

A acusação, decretada por um juri popular do Brooklyn, envolve crimes cometidos entre 2008 e 2010, quando os dois trabalhavam na agência venezuelana para o combate às drogas.

Segundo a promotoria, Reverol e Molina receberam dinheiro de narcotraficantes em troca de informações sobre operações policiais que permitiram a saída de carregamentos de drogas do país.

A dupla também agiu para liberar drogas apreendidas e libertar suspeitos, impediu prisões de narcotraficantes e bloqueou a deportação de condenados por tráfico de drogas.

De acordo com os promotores, Reverol e Molina definitivamente ajudaram grupos de narcotraficantes a “introduzir cocaína para sua distribuição nos Estados Unidos”.

O promotor federal do distrito leste de Nova York, Robert Capers, denunciou o que chamou de “o mais insidioso e perigoso aspecto do narcotráfico internacional – a habilidade dos cartéis de infiltrar e corromper os mais altos escalões do governo”.

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