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EUA pede diálogo na Venezuela diante de legislativas

O secretário americano de Estado, John Kerry, em Viena, no dia 2 de julho de 2015 afp_tickers

O secretário americano de Estado, John Kerry, defendeu nesta quinta-feira um “diálogo político” na Venezuela para manter a paz e a democracia diante das eleições legislativas convocadas para dezembro.

“No momento em que olham para as eleições legislativas, o diálogo político é importante para a manutenção de soluções pacíficas diante das disputas e para a integridade do processo democrático”, disse Kerry em um comunicado.

O chefe da diplomacia americana também assinalou que espera “maior cooperação” bilateral para “melhorar” as relações entre Washington e Caracas, tensas desde que a Casa Branca anunciou, em março, sanções contra funcionários venezuelanos.

Desde então, os dois governos têm mantido um canal de comunicação por intermédio do diplomata americano Thomas Shannon, que se reuniu duas vezes em Caracas com o presidente Nicolás Maduro.

Estas “conversas foram positivas e produtivas e vão prosseguir”, disse nesta quinta-feira o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby.

Apesar do diálogo diplomático, o departamento de Estado denunciou em seu relatório anual a repressão e as detenções arbitrárias na Venezuela, especialmente relacionadas aos protestos que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.

O republicano Bob Corker, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, que concluiu uma visita de dois dias a Caracas para se reunir com autoridades do governo e líderes opositores, criticou nesta quinta-feira “as políticas econômicas e o sistema político equivocados” da Venezuela, e advertiu que o país “caminha para tempos difíceis” se não implementar reformas.

Nas eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro, os venezuelanos deverão eleger os 165 deputados da Assembleia Nacional, controlada pelos “chavistas” desde 1999.

Uma pesquisa Datanálisis divulgada em abril revela que a oposição obterá 45,8% dos votos, contra 25% para os partidos governistas.

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