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Fim das máscaras nas escolas divide pais nos EUA

Manifestação em Boston, EUA, contra o uso obrigatório de máscaras, em 5 de janeiro de 2022 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 09. fevereiro 2022 - 19:32
(AFP)

Muitos estados americanos estão abandonando a obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas públicas devido à melhora da situação sanitária no país, mas a medida é questionada por pais que pedem responsabilidade coletiva no enfrentamento da covid-19.

O uso de máscara em sala de aula é um marco político muito forte nos Estados Unidos.

É obrigatório em 16 estados, principalmente democratas. Mas a medida é vista como um obstáculo às liberdades individuais por grande parte da direita, e estados conservadores como Texas e Flórida se recusaram a implementá-la.

As linhas partidárias, no entanto, começam a se mover com a queda dos contágios.

Quatro estados democratas (Connecticut, Delaware, Nova Jersey e Oregon) anunciaram o fim desta obrigatoriedade nas escolas. A Califórnia estuda uma "atualização das recomendações".

No estado de Nova York, a máscara em locais fechados não será mais obrigatória a partir de quinta-feira, mas permanecerá nas escolas até março, anunciou a governadora democrata Kathy Hochul.

Algumas escolas, especialmente em redutos democratas perto de Washington, ameaçaram excluir alunos sem máscaras ou isolá-los em salas de atendimento.

Na Virgínia, o governador republicano Glenn Youngkin assinou uma ordem executiva no final de janeiro permitindo que os pais mandem seus filhos para a escola sem máscara. Mas o texto foi suspenso por um tribunal de Arlington a pedido de sete distritos escolares.

Para Carrie Lukas, mãe de cinco filhos que frequentam a escola no condado de Fairfax, na Virgínia, os distritos que se opuseram ao decreto "não colocam as crianças em primeiro lugar".

Depois de quase um ano de aulas online, a máscara afeta a socialização dos adolescentes, que "não conseguem ver se alguém sorri ou faz caretas", disse à AFP.

Presidente do Fórum de Mulheres Independentes, uma organização conservadora, Lukas garante que "pesquisas mostram que as máscaras não funcionam" para conter a contaminação e que crianças e adolescentes são "menos vulneráveis à covid-19".

Um estudo das autoridades de saúde em setembro de 2021 concluiu que os riscos de infecção eram 3,5 vezes maiores nas escolas onde a máscara não era obrigatória. Esses resultados são contestados, mesmo pela imprensa não conservadora.

Para outros pais, no entanto, a responsabilidade coletiva deve prevalecer.

"Quando a escolha de um indivíduo afeta a saúde de outra pessoa, a liberdade individual termina", disse à AFP a professora Amber Bowmer.

Junto com outros 12 pais de Chesapeake, leste do estado, Bowner recorreu à Suprema Corte da Virgínia, considerando que o governador "excedeu" suas prerrogativas.

A Virgínia também proibiu suas universidades de barrar estudantes não vacinados.

Carrie Lukas critica os funcionários da escola do condado de Fairfax por "recusar-se a obedecer ao decreto de um governador que eles não apoiam".

Mas a suspensão da obrigatoriedade da máscara em estados democratas mostra que "os muros dentro da esquerda estão ruindo", diz.

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