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Google promete eliminar resultados ‘inapropriados’ de buscas

(Arquivo) Página inicial do Google afp_tickers

O Google disse na segunda-feira que está trabalhando para resolver uma falha nos algoritmos que produziu resultados “inapropriados e enganosos” do seu motor de buscas e no seu assistente pessoal Google Home.

O gigante da internet reagiu depois que um blog de tecnologia destacou resultados de buscas que indicavam que o ex-presidente Barack Obama estava planejando um “golpe de Estado” e que quatro ex-presidentes dos Estados Unidos eram membros do Ku Klux Klan.

A publicação, no fim de semana, do editor do blog Search Engine Land, Danny Sullivan, mostrou que algumas consultas ao Google geraram respostas “terrivelmente erradas” que foram exibidas em destaque no site e emitidas pelo assistente pessoal Google Home, uma espécie de caixa de som inteligente.

“Os exemplos problemáticos que eu apontei não parecem ter sido tentativas deliberadas”, escreveu Sullivan. “Em vez disso, eles parecem ser resultado dos algoritmos e da aprendizagem automática do Google fazendo seleções ruins”.

Sullivan disse que quando perguntou ao assistente pessoal se os republicanos americanos eram iguais aos nazistas, a resposta foi afirmativa.

Também citou um exemplo em que o motor de buscas do Google listou quatro ex-presidentes dos Estados Unidos como membros “ativos e conhecidos” do KKK, embora não haja evidência histórica que apoie essa afirmação.

Os comentários sobre estas descobertas chegam em meio a uma polêmica sobre as “notícias falsas” que circulam pelo Google e pelo Facebook, e dos esforços dos gigantes da internet para eliminar as informações enganosas.

“Infelizmente, há casos em que destacamos um site com conteúdo inapropriado ou enganoso”, disse o Google à AFP, apontando que a caixa com resultados destacados que aparece na parte superior do site de busca se baseia em uma fórmula algorítmica.

“Quando nos alertam sobre um fragmento destacado que viola nossas políticas, trabalhamos rapidamente para eliminá-lo, o que fizemos neste caso. Pedimos desculpas por qualquer ofensa que isso possa ter causado”, acrescentou.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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