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Governo Biden revisará políticas de Trump em relação a Cuba, diz porta-voz

A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki durante uma coletiva de imprensa em Washington, 28 de janeiro de 2021 afp_tickers

O governo democrata de Joe Biden vai rever as políticas impostas por Donald Trump em relação a Cuba, disse nesta quinta-feira (28) a porta-voz da Casa Branca, esclarecendo que até o momento não há anúncios.

“Nossa política sobre Cuba será regida por dois princípios: o primeiro é o apoio à democracia e aos direitos humanos, que serão o eixo, e o segundo é que os americanos de origem cubana são os melhores embaixadores da liberdade em Cuba”, disse a porta-voz de Biden, Jen Psaki.

A funcionária respondeu a uma pergunta sobre se o novo governo democrata reverteria algumas das políticas de sanções impostas pela administração republicana de Trump, que paralisaram a retomada de relações com a ilha lançada pelo presidente democrata Barack Obama quando Biden era vice-presidente.

“Estamos revisando as políticas do governo Trump em várias questões de segurança nacional para ter certeza de que nossa visão é consistente com isso. Vamos traçar nosso próprio caminho”, disse Psaki, declarando que no momento não havia nada a anunciar.

Cuba – que está sob embargo dos Estados Unidos desde 1962 – sofreu, durante o governo Trump, uma escalada de sanções destinadas a prejudicar a economia da ilha.

Esta bateria progressiva que afetou o setor de turismo, transporte e câmbio incluiu, alguns dias antes do fim do governo Trump, a classificação de Cuba como “patrocinadora do terrorismo”, lista da qual país não fazia mais parte desde 2015.

Segundo Havana, o endurecimento das sanções impostas pelo governo Trump prejudicou a ilha em 20 bilhões de dólares.

Entre as medidas lançadas por Trump estão a proibição de atracar navios de cruzeiro dos Estados Unidos em Cuba, sanções contra empresas estatais e dirigentes cubanos, a obstrução ao envio de remessas e sua limitação, além de punições de empresas estrangeiras que façam negócios no país.

Durante a campanha, Biden – um moderado do Partido Democrata – afirmou que é necessária uma “nova política em relação a Cuba” e disse que a ilha “não está mais perto da liberdade e da democracia do que há quatro anos”.

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