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Governo Ortega manifesta vontade de diálogo com oposição na Nicarágua

Daniel Ortega afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 11. março 2019 - 18:50
(AFP)

O governo do presidente Daniel Ortega expressou nesta segunda-feira sua vontade de continuar o diálogo com a oposição, que na véspera condicionou seu retorno às negociações à libertação dos presos políticos e o fim da repressão na Nicarágua.

"A delegação do governo da Nicarágua ratifica o compromisso do Estado nicaraguense de continuar desenvolvendo as sessões de trabalho para avançar e acordar a agenda" das negociações, informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

O governo enfatizou que as discussões foram estabelecidas "com base na confiança, respeito e boa vontade, que acreditamos que deve prevalecer", segundo a declaração lida em uma entrevista coletiva do ministro das Relações Exteriores, Denis Moncada.

A Aliança Cívica pela Justiça e Democracia (ACJD) anunciou no domingo em um comunicado que não retornará à mesa de negociação até que o governo ofereça "fortes evidências" de querer encontrar soluções para a crise no país.

A oposição exigiu a libertação dos "presos políticos" e o fim da repressão e sequestros contra pessoas que participaram dos protestos contra Ortega no ano passado.

O governo não se pronunciou sobre as exigências da oposição e limitou-se a informar que se fez presente nesta segunda-feira para as negociações retomadas em 27 de fevereiro em Manágua.

Moncada disse que a delegação oficial chegou à sede do diálogo na presença do núncio apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag, testemunha das conversações.

O diálogo busca resolver a crise na Nicarágua depois dos protestos contra o governo em abril passado, cuja repressão deixou pelo menos 325 mortos, mais de 700 detidos, milhares de exilados e uma economia em recessão.

Ortega, no poder há 12 anos, revelou no sábado a agenda que propõe discutir, na qual descarta antecipar as eleições de 2021, uma das principais demandas de seus adversários.

O governo propôs mudanças no sistema eleitoral, atualmente controlado pelo partido no poder, por meio de uma reforma com o apoio da OEA, e libertar adversários que ainda não foram julgados.

A oposição, por sua vez, exige discutir um processo de democratização que inclua eleições antecipadas e a reforma do aparato estatal, controlado por funcionários da Frente Sandinista.

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