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Governo panamenho confia no diálogo para evitar novos protestos

Manifestantes protestam com bandeiras e faixas panamenhas, em 25 de julho de 2022, na Cidade do Panamá, contra o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 28. julho 2022 - 02:49
(AFP)

O governo panamenho continuará buscando, apesar das divergências, uma solução negociada para acabar com os protestos e evitar novamente o bloqueio de estradas por causa do custo de vida e contra a corrupção, disse nesta quarta-feira (27) o vice-presidente do país, José Gabriel Carrizo, em reunião com autoridades estrangeiras.

"Claro que vamos permanecer na mesa de diálogo, não há dúvida sobre isso, fizemos um bom progresso", disse Carrizo durante uma coletiva com a imprensa estrangeira credenciada no Panamá.

"Que fique bem claro: temos a firme convicção de ficar à mesa" para "dar uma solução concreta, eficaz e real ao setor mais vulnerável do país", insistiu o vice-presidente.

Desde quinta-feira passada, o governo panamenho dialoga em Penonomé, 150 quilômetros a sudoeste da Cidade do Panamá, com os sindicatos e organizações que protestam no país há três semanas, na pior crise social desde a invasão americana de 1989.

Carrizo reconheceu que o "sistema democrático" panamenho requer "ajustes", mas as soluções "levam tempo" e "a única maneira de superar esta crise é através do diálogo e da participação cidadã".

No entanto, o governo e a Igreja Católica, que atua como mediadora, têm recebido múltiplas críticas de setores empresariais por não permitirem sua participação nas negociações, apesar das questões estruturais que estão sendo discutidas.

O presidente panamenho, Laurentino Cortizo, pediu à Igreja Católica do Panamá que incorpore os empresários nas negociações, depois de se reunir com eles no dia anterior.

No entanto, a Igreja descartou essa possibilidade até que as negociações atuais sejam concluídas.

O pedido dos empresários tensiona as conversas porque os manifestantes ameaçam sair da mesa, pois consideram que o diálogo deve ser apenas entre eles e o governo.

"O que foi proposto pelo governo não é, longe disso, levantar-se" da mesa, mas "decisões não podem ser tomadas se não forem amplamente debatidas com todos os setores da sociedade", disse Carrizo.

Na véspera, o governo, pela primeira vez desde o início da crise, anunciou a abertura total das estradas que permaneciam bloqueadas pelos manifestantes e que causaram escassez de alimentos e combustível.

Até o momento, o governo concordou em reduzir o preço de 72 itens da cesta básica e do combustível de US$ 5,20 por galão (3,78 litros) para US$ 3,25.

No entanto, os sindicatos pedem que o preço da gasolina seja reduzido para US$ 3, reduza o custo dos medicamentos e da eletricidade, melhore a saúde pública e a educação e as medidas contra a corrupção.

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