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Grã Bretanha, EUA, França e Alemanha discutirão cessar-fogo em Gaza neste domingo

O chanceler britânico, William Hague afp_tickers

O chanceler britânico, William Hague, anunciou que conversará neste domingo com seus colegas de Estados Unidos, França e Alemanha sobre a necessidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, durante uma reunião sobre o programa nuclear iraniano em Viena.

“Precisamos de uma ação internacional urgente e coordenada a fim de instaurar um cessar-fogo como em 2012”, declarou Hague. “Vou evocá-lo com John Kerry, Laurent Fabius e Frank-Walter Steinmeier amanhã em Viena”, afirmou o chefe da diplomacia britânica em um comunicado.

Hague disse ter “insistido na necessidade de frear imediatamente a escalada da violência e restabelecer o cessar-fogo instaurado em novembro de 2012” em conversas telefônicas no sábado com seu homólogo israelense, Avigdor Lieberman, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abas.

“Também manifestei nossa profunda preocupação com o número de vítimas civis e a necessidade, para as duas partes, de evitar novas perdas de inocentes”, acrescentou o ministro, que durante a manhã expressou sua “preocupação extrema” em sua conta no Twitter.

Essa foi a primeira reação oficial de Londres desde o forte apoio a Israel dado pelo primeiro-ministro, David Cameron, na quarta-feira, dia seguinte aos primeiros ataques israelenses sobre Gaza, destinados a colocar fim aos lançamentos de foguetes pelos combatentes palestinos.

Desde então, o exército israelense multiplicou os ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza, deixando pelo menos 127 mortos e 940 feridos, na maioria civis, segundo o serviço médico palestino.

Por outro lado, o exército israelense contabilizou 564 foguetes lançados contra Israel, e quase 140 foram interceptados e destruídos no ar pelo sistema de defensa Iron Dome. Os disparos resultaram em dez feridos, sem mortes.

Este é o confronto mais sangrento desde a operação de novembro de 2012, que também teve como objetivo impedir os lançamentos de foguetes. Na ocasião, os ataques resultaram na morte de 177 palestinos e 6 israelenses.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel resistirá a toda ingerência internacional que pretenda um cessar-fogo.

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