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Havana volta a impor restrições devido ao aumento de casos da COVID-19

Mulher caminha em Havana usando máscara, em 29 de julho de 2020 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 07. agosto 2020 - 19:05 minutos
(AFP)

Cuba, que parecia ver a luz no fim do túnel no combate à COVID-19, precisou voltar a restringir a circulação de veículos e pessoas na capital, Havana, após registrar o maior número diário de casos em três meses nesta sexta-feira (7).

"Hoje, (é um dia) ruim, não podemos dizer mais nada", disse o chefe de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública, Francisco Durán, ao iniciar sua habitual entrevista coletiva sobre a pandemia.

Na noite de quinta-feira, 54 novos casos foram confirmados, 43 deles em Havana, o que representa o "maior número" nos "últimos meses", segundo Durán.

Este é o maior número diário desde 1º de maio, quando foram registrados 74 casos. Em 19 de julho, a ilha havia conseguido reduzir os casos diários a zero pela primeira vez desde março, no início da pandemia.

Porém, imediatamente após iniciar o processo de reabertura e relaxamento das medidas de confinamento, foram registrados novos casos, em uma média de trinta por dia. Os aeroportos ainda estão fechados.

Para controlar este surto na capital cubana, o governo aprovou na quinta-feira um plano que restringe a circulação de pessoas e do transporte público até às 23h.

Também proíbe o transporte entre Havana e as províncias vizinhas de Matanzas, Artemisa e Mayabeque, e reduz o horário de funcionamento de bares, restaurantes e casas noturnas até às 21h. O plano foi divulgado nesta sexta-feira por veículos oficiais.

Até a noite de quinta-feira, Cuba registrava 2.829 casos, sendo 88 óbitos, e 2.429 curados, em uma estratégia que deu resultados: isolar os contatos do doente e manter as pessoas consideradas de risco sob observação médica.

Havana, com 168 casos da COVID-19, e a vizinha província de Mayabeque (114), foram os últimos epicentros da doença, quase erradicada nas outras 13 províncias.

A capital concentra 2,2 milhões dos 11,2 milhões de habitantes do país.

Segundo as autoridades, as maiores fontes atuais de contágio são as festas religiosas e as celebrações de cultos de matriz africana, assim como os encontros noturnos em bares e outros locais de entretenimento.

"Não temos o direito de flexibilizar nosso comportamento, não temos o direito de diminuir a percepção de risco, não temos o direito de descansar em relação à aplicação das medidas", afirmou o presidente, Miguel Díaz-Canel, na quinta-feira.

O primeiro-ministro, Manuel Marrero, disse que se não se reverter a situação atual, "não haverá outra alternativa senão passar (...) do isolamento físico que estamos pedindo ao isolamento social (confinamento) no enfrentamento da epidemia".

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