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Líderes latino-americanos celebram vitória de Arce na Bolívia

O presidente argentino Alberto Fernández, em 17 de outubro de 2020, em Buenos Aires afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 19. outubro 2020 - 18:21
(AFP)

Governos latino-americanos e representantes de organizações internacionais parabenizaram nesta segunda-feira (19) Luis Arce pela vitória obtida segundo pesquisas privadas na eleição presidencial realizada domingo na Bolívia. Ele é o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), partido comandado pelo ex-presidente Evo Morales.

Enquanto a contagem oficial avança lentamente, as saudações a Arce se multiplicam. Até o ex-presidente Carlos Mesa, candidato centrista que estava forte na disputa, reconheceu sua derrota no primeiro turno.

Os Estados Unidos parabenizaram Arce e ressaltaram que o presidente Donald Trump e seu governo "esperam trabalhar com o governo boliviano eleito".

“Se está disposto a trabalhar conosco nas áreas nas quais compartilhamos interesses e valores, é o que queremos”, acrescentou o chefe da diplomacia para a América Latina, Michael Kozak. A Bolívia e os EUA não têm embaixadores desde 2008.

Líderes de esquerda e apoiadores do ex-presidente Morales foram os primeiros a comemorar. Entre elas, as autoridades da Argentina, onde o político está refugiado desde o ano passado quando renunciou em meio a denúncias de fraude eleitoral.

O presidente Alberto Fernández publicou uma mensagem nas redes sociais: “A vitória de @BOmereceMAS na Bolívia não é apenas uma boa notícia para aqueles de nós que defendemos a democracia na América Latina, é também um ato de justiça diante das agressões sofridas pelo povo boliviano. Parabéns, @LuchoXBolivia!", escreveu o presidente, que depois postou uma foto com Morales.

A vice-presidente argentina Cristina Kirchner também se manifestou no Twitter: “Parabéns a Lucho Arce e David Choquehuanca que, junto com Evo, construíram uma grande vitória popular na Bolívia”.

Antes mesmo de assumir o cargo, Fernández facilitou no ano passado a saída de Morales da Bolívia para o México, onde pediu asilo inicialmente, antes do novo presidente oferecer ao boliviano refúgio após sua posse em dezembro de 2019.

O governo mexicano também saudou a vitória. “Os mais sinceros parabéns do México ao povo boliviano pela extraordinária jornada democrática em que foi eleito Luis Alberto Arce, querido companheiro e amigo de nosso país”, disse no Twitter o chanceler Marcelo Ebrard.

As relações entre os dois países se deterioraram depois que Jeanine Áñez, que formou um governo de transição de direita, assumiu o poder na Bolívia.

Outro governo a comemorar foi o do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Ele “parabeniza o povo irmão boliviano pelo amplo e íntegro triunfo do Movimento para o Socialismo (MAS)” e Arce “pela contundente vitória nas eleições presidenciais”, afirma nota do Ministério de Relações Exteriores.

Maduro ainda celebrou no Twitter: “Grande vitória! O povo boliviano unido e consciente derrotou com votos o golpe de Estado contra nosso irmão Evo”.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, foi na mesma linha, ao afirmar na rede social que o MAS “recuperou nas urnas o poder que foi usurpado pela oligarquia, com a cumplicidade do #OEA e orientação imperial".

"O que está demonstrado é que a mentira infame (da fraude em 2019) caiu", afirmou o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, que disse ter conversado com Arce e Morales para expressar "a alegria" pelo triunfo.

Governos de outras vertentes ideológicas também deixaram seus cumprimentos.

Martín Vizcarra, presidente do Peru, enviou seus votos de "sucesso" a Arce e expressou a vontade de "continuar fortalecendo" as relações.

Em um tweet, o presidente chileno, Sebastián Piñera, parabenizou Arce e disse estar certo de que os dois governos trabalharão para "avançar para uma nova etapa em nossa relação bilateral e fortalecer a integração regional".

Já o Uruguai apontou as eleições "como uma prova da solidez do processo político boliviano" e expressou confiança de "que sua resolução positiva por parte do povo boliviano consolida o caminho para a normalização institucional do país", disse o Ministério das Relações Exteriores em nota.

- "Eleições pacíficas" -

Em 2019, uma auditoria da OEA encontrou uma "manipulação maliciosa" nas eleições presidenciais a favor do então presidente Morales que levou à sua anulação.

Nesta segunda-feira, após uma votação sem denúncias, Luis Almagro, secretário-geral da organização, enviou seus cumprimentos ao MAS. “O povo boliviano se manifestou nas urnas. Parabenizamos Luis Arce e David Choquehuanca, desejando sucesso em seus empreendimentos futuros”, escreveu no Twitter. "Reconhecimento ao povo boliviano", adicionou.

Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, ofereceu seus parabéns em comunicado divulgado pelo seu porta-voz, que destacou "a realização de eleições gerais pacíficas e altamente participativas".

Ele também encorajou "todos os líderes políticos e sociais a trabalharem juntos com o mesmo compromisso com a democracia, o respeito pelos direitos humanos e a reconciliação nacional para enfrentar os desafios atuais" no país.

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