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Médicos peruanos protestam por falta de equipamentos de segurança

Médicos peruanos protestam por falta de equipamentos de segurança em 13 de maio de 2020 afp_tickers

Médicos e enfermeiros protestaram nesta quarta-feira em várias cidades do Peru para denunciar a falta de equipamentos de segurança em hospitais em meio à emergência do coronavírus, que matou mais de 30 profissionais de saúde.

“Queremos uma mudança nas autoridades do EsSalud (previdência social) e do ministério (da Saúde) porque elas demonstraram incapacidade de gerenciar os recursos dos hospitais”, disse o médico Santiago Vinces a repórteres.

“A COVID-19 está se espalhado no hospital e já existem muitos trabalhadores contagiados”, acrescentou ele durante um protesto em frente ao hospital de Lima.

O Peru é o segundo país da América Latina com mais contagiados por COVID-19, atrás do Brasil.

Os médicos protestaram para exigir a renúncia do ministro da Saúde, Víctor Zamora, e da presidente da EsSalud, Fiorella Molinelli.

Apesar dos protestos, Vizcarra ratificou o ministro Zamora em seu posto. “A unidade é necessária, todos contribuem e atesto o grande esforço do Ministro da Saúde, que trabalha incansavelmente. Ratificamos nosso apoio, superamos as discrepâncias”, afirmou o presidente em entrevista coletiva. Na mesma coletiva, Zamora prometeu dobrar a compra de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde.

Com jalecos brancos e azuis claros e cartazes que diziam: “Queremos equipamentos de proteção de qualidade” e “Como salvar sua vida se você não se importa com a minha”, os médicos protestaram mantendo distância um do outro.

“Não temos equipamentos de proteção individual e isso nos leva a adoecer”, disse à AFP Humberto Beingolea, anestesista do hospital Edgardo Rebagliati em Lima.

O Peru ultrapassou nesta terça-feira a barreira de 2.000 mortes por coronavírus, que já infectou mais de 72.000 pessoas no país, e é o quarto em número de mortes na América Latina, depois de Brasil, México e Equador.

Seiscentos e trinta e cinco médicos peruanos e 1.200 enfermeiros contraíram o vírus. Desses, 20 médicos e 12 paramédicos morreram.

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