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Macri nega versão de Fernández sobre declarações contra a quarentena na Argentina

Foto divulgada pela assessoria de imprensa de Mauricio Macri com o ex-presidente argentino na sede da Fundação FIFA em Zurique, Suíça, em 18 de agosto de 2020, onde vai desenvolver projetos voltados para a juventude e a educação. afp_tickers

O ex-presidente Mauricio Macri negou nesta segunda-feira(24) declarações do presidente Alberto Fernández, que garantiu que seu antecessor havia recomendado que ele deixasse “as pessoas nas ruas e que morresse quem tivesse que morrer.”

“A versão que o presidente deu sobre nossa conversa é falsa. De maneira alguma eu disse as coisas que ele relatou nestes dias”, declarou Macri da Suíça, em carta pública.

O ex-presidente respondeu, assim, às declarações de Fernández, que, no domingo, disse em entrevista a uma rádio que Macri lhe telefonou em 19 de março, um dia antes do início da quarentena devido à pandemia de COVID-19, para aconselhá-lo a não decretá-la, independentemente do custo em vidas.

“É verdade que conversei com o presidente Fernández no dia 19 de março, antes do anúncio do isolamento social e obrigatório. Liguei para ele, para me colocar à sua disposição e mostrar o meu apoio em um momento de decisões difíceis para o país e para o mundo inteiro”, afirma Macri na carta, na qual destaca que “a credibilidade da palavra presidencial deve ser preservada como um tesouro”.

O presidente de centro-esquerda também disse nessa entrevista que a Argentina “se saiu melhor com o coronavírus do que com o governo de Mauricio Macri”, referindo-se às taxas de desemprego.

“Em meio à pandemia, a queda do emprego registrado foi menor” do que em 2019, último ano do governo Macri, declarou Fernández, que promove uma série de subsídios aos setores mais vulneráveis e às empresas.

Macri criticou as medidas de confinamento na Argentina enquanto a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio(Juntos pela Mudança) apoiou algumas manifestações contra as restrições.

Até agora, a Argentina registra mais de 340.000 infecções e 7.000 mortes por COVID-19. A economia do país sofreu uma contração de 12,9% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2019.

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