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Ministério da Justiça concede a Bolsonaro medalha de 'mérito indigenista'

O presidente Jair Bolsonaro lança um novo programa de financiamento para o agronegócio em 15 de março de 2022 em Brasília afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 16. março 2022 - 14:42
(AFP)

O Ministério da Justiça concedeu ao presidente Jair Bolsonaro a medalha de "mérito indigenista" concedida a personalidades que atuam pelo bem dessas comunidades, apesar de o presidente ser amplamente criticado por promover a exploração econômica de seus territórios.

A medida foi publicada nesta quarta-feira (16) no Diário Oficial "em reconhecimento pelos serviços relevantes em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas".

Cerca de vinte colaboradores também foram condecorados, entre eles o ministro da Justiça, Anderson Torres, que concedeu a medalha a Bolsonaro, e os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e da Defesa, Walter Braga Netto.

O presidente chegou ao poder em 2019 com a promessa de não demarcar “nem mais um centímetro” de terra para os indígenas, que representam 0,5% dos 212 milhões de brasileiros e cujas reservas ocupam 13% do vasto território brasileiro.

Ele também prometeu abrir as reservas existentes, já duramente atingidas pelo desmatamento, pela mineração ilegal e pelo comércio ilegal de madeira, para atividades extrativistas.

Apoiado por seus aliados do agronegócio no Congresso, o bolsonarismo tenta agilizar vários projetos considerados prejudiciais aos povos indígenas e ao meio ambiente, incluindo um que busca legalizar a exploração de mineração em reservas, algo que ainda não está regulamentado na Constituição.

Na terça-feira, as grandes mineradoras que operam no Brasil criticaram o projeto e pediram um debate mais amplo, principalmente com os indígenas.

No ano passado, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) denunciou Bolsonaro perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) por sua “política anti-indígena”, que eles descrevem como “genocídio” e “ecocídio”, especialmente durante a pandemia, que causou a morte de mais de 1.200 indígenas.

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