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Ministro venezuelano da Defesa chama de ‘engano’ anistia oferecida por Guaidó

Opositor venezuelano Juan Guaidó em 27 de janeiro de 2019 em Caracas afp_tickers

O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino, qualificou nesta segunda-feira (28) de “engano” a anistia oferecida pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, aos militares que cessarem o seu apoio ao presidente Nicolás Maduro.

“É parte do engano (…). Essa lei de anistia é um instrumento de manipulação, uma grande manipulação, aqui na Força Armada ninguém acredita nisso”, disse Padrino durante uma marcha liderada pelo alto comando militar no complexo Fuerte Tiuna, nesta madrugada, em Caracas.

Guaidó, chefe do Parlamento de maioria opositora, divulgou no domingo uma lei de anistia que tramita no Legislativo para os militares, ao mesmo tempo em que Maduro pediu “lealdade” a eles.

A lei proposta pelo Congresso unicameral, cujas decisões são consideradas nulas pela Justiça, que o declarou em desacato, oferece garantias a civis e militares que colaborarem na restauração da democracia e da ordem constitucional na Venezuela.

Depois de reiterar as denúncias de um “cerco” contra a Venezuela impulsionado pelos Estados Unidos para derrubar Maduro, o ministro garantiu a “lealdade” da Força Armada ao governo socialista, do qual é o principal pilar.

“Nos apegamos à Constituição, à lealdade, aqui não há traidores, há vencedores”, afirmou.

Guaidó se autoproclamou depois que a Assembleia Nacional, único poder nas mãos da oposição, declarou Maduro “usurpador” por iniciar em 10 de janeiro um segundo mandato, considerado ilegítima por parte da comunidade internacional, que acredita que a sua reeleição foi fraudulenta.

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