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MPF abre segunda investigação por fraude contra assessor econômico de Bolsonaro

Paulo Guedes, assessor econômico de Jair Bolsonaro fala com a imprensa em 21 de agosto de 2018 no Rio de Janeiro afp_tickers

O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma segunda investigação por fraude contra Paulo Guedes, apresentado como o ministro da Fazenda de um eventual governo de Jair Bolsonaro, informaram nesta sexta-feira fontes judiciais.

As duas investigações fazem parte da operação “Greenfield”, que revelou uma rede de fraudes envolvendo fundos de pensão de bancos e estatais.

O MPF aponta Guedes, 69 anos, como suspeito de “gestão fraudulenta” de fundos de pensão; especificamente envolvendo comissões “abusivas”.

Tais comissões teriam permitido à empresa de Guedes arrecadar 152,9 milhões de reais entre 2009 e 2014.

A primeira investigação foi aberta em 10 de outubro para detectar “indícios sérios” de que entre fevereiro de 2009 e junho de 2013 numerosos diretores de fundos de pensão “se associaram” a Guedes para “cometer crimes de gestão fraudulenta e negligência”.

A defesa do economista manifestou ao jornal O Globo sua “perplexidade” diante das acusações, que qualificou de “muito frágeis”.

Favorito para conquistar a presidência, Bolsonaro se gaba de ser um dos poucos políticos no Brasil que não está envolvido em escândalos de corrupção, e prometeu a seus eleitores “limpar” o país das “elites corruptas”.

Paulo Guedes – formado na Universidade de Chicago, cunha do liberalismo econômico moderno – seria uma espécie de “superministro” da Fazenda no eventual governo Bolsonaro.

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