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Nova manifestação no Chile contra reforma educacional

(Arquivo) Estudantes participam de manifestação, em Santiago, no dia 28 de maio de 2015 afp_tickers

Professores e estudantes participaram nesta quarta-feira de uma passeata em Santiago como parte de uma greve por tempo indeterminado dos professores que rejeitam um novo estatuto docente enviado ao Congresso pela presidente Michelle Bachelet, que vincula os aumentos salariais a avaliações de desempenho.

A marcha, o segunda desde o início da greve de professores na segunda-feira, que afeta principalmente as escolas públicas, reuniu mil professores e alunos do centro de Santiago e terminou com alguns incidentes com a polícia.

“Devemos transformar este projeto. Este projeto não pode passar como esta”, declarou à imprensa Jaime Gajardo, presidente do Colégio de Professores.

O sindicato, que tem cerca de 100.000 membros, rejeita um projeto de carreira enviado recentemente ao Congresso pelo governo Bachelet, no âmbito da reforma da educação para acabar com um sistema herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu os recursos públicos para a educação e incentivou as privatizações.

A iniciativa estabelece um aumento salarial de 28% para os professores que entrarem na “Nova Política Nacional Docente”, que prevê avaliações periódicas de desempenho.

O sindicato dos professores diz que a reforma é baseada na “desconfiança” em relação ao trabalho dos professores e rejeita as avaliações individuais de desempenho.

A reforma educacional do governo avançou no mês passado com o anúncio de Bachelet da gratuidade para 60% dos estudantes mais pobres no ensino superior a partir de 2016.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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