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OMS anuncia retomada de testes clínicos com hidroxicloroquina

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira que os testes clínicos com hidroxicloroquina serão retomados, após terem sido suspensos para uma revisão de segurança afp_tickers

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira que os testes clínicos com hidroxicloroquina serão retomados, após terem sido suspensos para uma revisão de segurança.

“Com base nos dados de mortalidade disponíveis, o grupo executivo informará aos principais pesquisadores que eles podem retomar os testes com hidroxicloroquina”, na busca por um tratamento para a COVID-19, anunciou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

Em 25 de maio, a autoridade sanitária mundial havia anunciado a suspensão dos testes, após a publicação de um estudo, na revista médica “The Lancet”, que considerava ineficaz e nefasto o uso da cloroquina ou derivados, como a hidroxicloroquina, contra a Covid-19.

No fim de abril, a OMS lançou uma série de testes clínicos, em especial com a hidroxicloroquina, sob a denominação “Solidariedade”, com o objetivo de buscar um tratamento eficaz contra a Covid-19.

A suspensão dos testes deveria facilitar à OMS a análise das informações disponíveis, e uma decisão era aguardada para meados de junho. A OMS divulgou suas conclusões antes do previsto, depois que a revista The Lancet se distanciou, ontem à noite, do estudo, embora tenha assinalado, em advertência formal, que continuam pendentes “dúvidas importantes” a respeito.

“Estamos, agora, muito confiantes em relação ao fato de não terem sido observadas diferenças na mortalidade”, declarou hoje Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, em entrevista coletiva na sede da organização, em Genebra.

O grupo executivo do teste Solidariedade, que representa os países participantes, “recebeu esta recomendação e aprovou a continuação de todas as dimensões dos testes, inclusive com a hidroxicloroquina”, assinalou Soumya.

Publicado em 22 de maio na The Lancet, o estudo se baseia em dados de 96 mil pacientes internados entre dezembro e abril em 671 hospitais e compara o estado daqueles que receberam o tratamento ao dos que não receberam.

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