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Patronal venezuelana propõe pagar vacina de trabalhadores

(8 mar) Professora recebe dose da vacina Sinopharm em Caracas afp_tickers

O empresariado venezuelano propôs nesta quinta-feira financiar a vacinação dos trabalhadores por meio de um programa administrado pela iniciativa privada, que começaria com 6 milhões de doses.

O presidente da patronal Fedecámaras, Ricardo Cusanno, explicou que a proposta, a qual depende da aprovação do governo, pretende importar 750.000 vacinas quinzenais em oito blocos, a fim de vacinar 3 milhões de pessoas em quatro meses. Do total de imunizantes, 80% seriam destinados a trabalhadores (incluindo familiares) das empresas que participarem do programa e os demais ficariam a critério das autoridades.

“Queremos ajudar e complementar a necessidade de alcançar a chamada imunidade de rebanho”, disse Cusanno em entrevista coletiva. O líder empresarial informou à AFP que o custo do programa irá variar segundo o tipo de vacina importada, mas calculou que, “em média, ultrapassa 100 milhões de dólares”, quantia que será financiada pelas empresas, enquanto a Fedecámaras antecipou a aproximação de órgãos multilaterais para ter acesso a crédito.

Cusanno assinalou que a proposta não visa à comercialização das vacinas: “Aqui não existe ninguém envolvido na rede que esteja buscando gerar riqueza com uma situação tão complexa.”

O plano seria executado por meio de 100 clínicas particulares e priorizaria trabalhadores do setor de saúde e maiores de 55 anos. Segundo Cusanno, milhares de empresas mostraram interesse.

Com quase 30 milhões de habitantes, a Venezuela reporta 152.508 casos de Covid-19, con 1.511 mortos, segundo os números oficiais, questionados pela oposição e por ONGs.

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