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Petróleo e ouro se valorizam com tensões geopolíticas

As reservas de cru diminuíram 1,8 mb, a 365,6 mb na semana encerrada no dia 1 de agosto afp_tickers

No mercado de commodities, os preços do petróleo e do ouro foram sustentados pela crise em Gaza e no Iraque e pelas sanções ocidentais impostas à Rússia.

PETRÓLEO: os preços do petróleo cru subiram ao longo da semana, em função de tensões geopolíticas, que compensaram o aumento da oferta.

Com os bombardeios dos Estados Unidos ao Iraque, os mercados sinalizaram a preocupação relativa a um dos maiores fornecedores de petróleo do mundo e os preços se recuperaram da tendência à queda.

“O anúncio (da ação militar no Iraque) intensificou as preocupações geopolíticas em torno do Iraque e do Oriente Médio e foi recebido com alguma surpresa pelos investidores”, disse Desmond Chua, da CMC Markets à AFP.

O ministro do petróleo do Iraque afirmou no dia 24 de julho que as exportações de petróleo do país totalizaram 2,42 milhões de barris por dia (bpd) em junho, bem abaixo da projeção de 3,4 milhões bpd.

Segundo maior produtor da Opep, o Iraque tem 11% das reservas de petróleo conhecidas no mundo, desempenhando um papel importante no mercado mundial, sobretudo no contexto de conflitos na Síria e na Líbia.

A Opep reduziu nesta sexta-feira sua previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 2014, diante de um crescimento econômico abaixo do esperado nos países desenvolvidos no segundo trimestre e à frágil recuperação econômica global.

Nesta sexta-feira, na Intercontinental Exchange, em Londres, o Brent do Mar do Norte para entrega em setembro avançou para 105,02 dólares o barril. Na semana passada, o barril foi cotado a 104,85 dólares o barril.

Na New York Mercantile Exchange, o “light sweet crude” (WTI) para entrega no mesmo período ficou em 97,65 dólares o barril, alta de 35 centavos em relação ao fechamento da semana passada, quando a cotação foi de 97,30 dólares.

– Ouro em alta –

METAIS PRECIOSOS: os preços do ouro avançaram com a preferência dos investidores por ativos seguros.

“As várias crises geopolíticas devem continuar favorecendo o preço do ouro, pelo menos no curto prazo”, informaram aos analistas do Commerzbank em nota aos seus clientes.

Nesta sexta-feira, no London Bullion Market, o preço do ouro subiu para 1.309,75 dólares a onça, em comparação aos 1.291,25 dólares da semana anterior. A prata, por outro lado, teve queda, a 20,13 dólares a onça, enquanto na semana passada sua cotação foi de 20,34 dólares.

No London Platinum and Palladium Market, a platina subiu para 1.475 dólares a onça, e o paládio recuou para 857 dólares.

METAIS INDUSTRIAIS: os preços dos metais foram pressionados por um dólar forte, apesar da desvalorização do euro na sexta-feira.

Um dólar mais forte faz com que as commodities precificadas na moeda americana fiquem mais caras para os negociadores que operam com outras divisas, contendo a demanda.

Nesta sexta-feira no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses caiu para 6.982 dólares a tonelada, em comparação aos 7.103 dólares da semana anterior.

O alumínio para entrega em três meses avançou para 2.021,25 dólares a tonelada. O chumbo subiu para 2.237,50; o estanho, para 22.367 dólares a tonelada; o níquel, para 18.584 dólares; e o zinco recuou para 2.295 dólares a tonelada.

– Café e açúcar recuam –

CAFÉ: os preços recuaram com a realização dos lucros gerados pelas preocupações relativas à colheita no Brasil.

“O potencial para a superprodução no Brasil para este ano é real, o que trará perdas (para o mercado). Os negociadores começam a se preocupar com a produção no ano que vem. Enquanto isso, chove em áreas cafeicultoras no sul do país”, avalia Jack Scoville, da Price Futures Group.

As chuvas no mês seco de agosto despertam preocupações em relação à próxima colheita.

Nesta sexta-feira, no ICE Futures US, o Arabica para entrega em setembro caiu para 191,55 centavos de dólar o quilo, em relação aos 196,90 centavos na semana anterior.

No LIFFE, o Robusta para setembro caiu para 1.937 dólares a tonelada.

AÇÚCAR: o mercado de açúcar sofreu perdas em razão do aumento da oferta da commodity.

Nesta sexta-feira no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para entrega em outubro caiu para 432,70 dólares em comparação aos 436,50 dólares da semana anterior.

No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para outubro caiu para 16,13 centavos de dólar o quilo, em relação aos 16,41 centavos de dólar da semana anterior.

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