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Principal candidato de esquerda não poderá votar no Equador

O candidato presidencial da coalizão equatoriana Unión por la Esperanza, Andrés Arauz, em comício de encerramento de campanha em Quito, em 4 de fevereiro de 2021 afp_tickers

O economista Andrés Arauz, principal candidato da esquerda às eleições presidenciais deste domingo no Equador, não poderá votar em seu país porque está registrado no México, onde morava, informaram as autoridades eleitorais nesta sexta-feira (5).

“Não pode, só poderia votar no México”, disse à AFP Enrique Pita, vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador.

O conselheiro da CNE, José Cabrera, também confirmou à AFP que, uma vez que Arauz “está registado no México, não pode votar no Equador”.

O voto é obrigatório para os equatorianos entre 18 e 65 anos que vivem em seu país, enquanto é opcional para os que residem no exterior, de acordo com a lei.

Antes de se candidatar, em agosto, Arauz – herdeiro político e ministro do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017) – morava no México, onde fazia doutorado na Universidade Nacional Autônoma (Unam).

O voto de Arauz “é um voto opcional, ou seja, ele não é obrigado a votar”, disse Pita.

“Ele tem voto opcional porque está listado como equatoriano no exterior”, portanto, “não está cometendo nenhuma infração”, completou Cabrera.

Segundo as pesquisas, Arauz está entre os candidatos com maior intenção de voto, ao lado do ex-banqueiro conservador de direita Guillermo Lasso e do líder indígena de esquerda Yaku Pérez, para suceder o presidente Lenín Moreno, cujo mandato de quatro anos termina em 24 de maio.

Dezesseis candidatos presidenciais participarão da eleição.

Arauz, de 35 anos, previu sua vitória no primeiro turno na quinta-feira, assim como seu líder Correa em 2009 e 2013.

Haverá “uma votação forte em um único turno” que marcará a “vitória popular”, disse ele ao final de sua campanha em Quito.

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